Cientistas descobrem na Gronelândia cratera com 31 quilómetros de diâmetro
Cientistas descobriram na Gronelândia, sob uma camada de gelo, uma cratera com mais de 31 quilómetros de diâmetro, criada pelo impacto de um meteorito, foi hoje divulgado. A cratera, descoberta por uma equipa internacional liderada por especialistas do Museu de História Natural da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, é uma das 25 maiores que existem na Terra fruto do impacto de corpos celestes rochosos ou metálicos, refere a agência Lusa.
Segundo a Universidade de Copenhaga, que divulga em comunicado a descoberta, é a primeira vez que uma cratera é encontrada sob uma das camadas de gelo continentais da Terra.
O resultado do trabalho, feito nos últimos três anos e que incluiu pesquisas com radares e recolha de amostras de sedimentos, é descrito na publicação científica de acesso aberto Science Advances.
A cratera, “excecionalmente bem preservada”, de acordo com os investigadores, formou-se quando um meteorito de ferro que teria um quilómetro de largura atingiu o atual norte da Gronelândia, na zona do glaciar Hiawatha.
Os peritos sugerem, apesar de ainda não terem conseguido datar a cratera, que esta se terá formado depois de o gelo começar a cobrir a Gronelândia, situando o intervalo de tempo entre os três milhões de anos e os 12 mil anos.
A equipa científica vai agora tentar datar a cratera, um desafio que requer a recuperação de material que derreteu durante o impacto do meteorito. Sabendo a idade da cratera, será possível perceber como a queda do meteorito terá afetado a vida na Terra num determinado período.