Em 20 anos, haverá mais nove milhões de pessoas ocupadas com as atividades da economia do mar, com um maior crescimento em áreas como a energia eólica em alto-mar, a aquicultura e as atividades portuárias.
A previsão consta do estudo “A economia dos oceanos em 2030”, da OCDE, apresentado no Oceans Meeting que decorreu em Lisboa. Aí, entre os oradores da conferência científica, esteve Barrie Stevens, um dos autores, como consultor para a área da Ciência, Tecnologia e Inovação da OCDE.
Até hoje, segundo o relatório, explica o Negócios, as maiores fontes de emprego estarão na pesca industrial, com um terço do total dos 31 milhões de postos de trabalho identificados em 2010, e no turismo marítimo, que representa quase uma quarta parte.
A intensificação recente de algumas atividades tem vindo a levantar graves problemas. Os oceanos assumilaram muitas emissões de carbono causando a acidificação das suas águas, o aquecimento global provoca perdas de biodiversidade e habitats e agrava-se a contaminação dos mares por via terrestre com produtos químicos e plásticos.
No balanço da OCDE, em 2010, a produção global da economia dos oceanos terá rondado 1,5 triliões de dólares (1,32 triliões de euros), ou seja, cerca de 2,5% de toda a riqueza produzida no planeta. E as previsões apontam para que este valor possam mais do que duplicar.