O Dia Mundial do Ambiente deve servir de “reflexão” sobre as “ações” ou “omissões” diárias e as “inerentes implicações” no desenvolvimento sustentável de que toda a sociedade ambiciona. Isabel Ferreira, secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, que falava na “Conferência Economia Circular e Ambiente” promovida esta segunda-feira, 5 de junho, pelo Município de Guimarães, elogiou aquele que tem sido o trabalho da autarquia vimaranense que não cinge a atenção e preocupação com o Ambiente apenas à celebração de um dia festivo: “São, de facto, inúmeras as iniciativas que tem promovido em prol do ambiente, como é exemplo a candidatura à Capital Verde Europeia ou Guimarães Green Week, um momento de reflexão sobre a importância de passar de um modelo económico linear para uma abordagem mais circular”, lembra.
Para a responsável, o compromisso de Guimarães para com o Ambiente reflete-se na escolha do Dia Mundial do Ambiente para lançar o Pacto Climático 2030, uma iniciativa colaborativa que envolve os cidadãos e o tecido empresarial, visando a neutralidade climática: “É revelador do compromisso deste território e das suas gentes, com os desafios inerentes à transição climática com que todos somos confrontados”. Enquanto cidade de média dimensão, Guimarães assume um papel muito importante, até porque se insere num “ecossistema de ciência”, ao qual se junta a “parte industrial de referência a nível nacional e internacional”, sendo exemplo a “adoção de políticas de desenvolvimento sustentável”, o “desenvolvimento de modelo de governança capaz de envolver a população” e de “estabelecer uma relação mais próxima entre setor público, privado e academia”, construindo projetos que oferecem resposta aos principais desafios ambientais deste concelho: “Como todos sabemos os desafios ambientais não conhecem fronteiras administrativas e o contexto global sobre o estado do Ambiente obriga-nos a exigir”.
Isabel Ferreira não tem dúvidas de que as cidades de média dimensão são “âncoras estratégicas” para “corrigir as assimetrias do desenvolvimento”, “atenuar contrastes da dicotomia litoral e interior”, “descomprimir as grandes áreas metropolitanas” e “amenizar o quotidiano das pessoas”, proporcionando “melhor qualidade de vida” e concorrendo, assim, para se “alcançar a coesão social e territorial do nosso país”.
Reconhecendo o “estado de emergência climática” e a “necessidade de atuar no rumo à neutralidade”, Guimarães compromete-se em “descarbonizar o território” com o objetivo de alcançar a neutralidade até 2030, sendo que “o Pacto Climático” investe nos vimarenses como “agentes de mudança”, desafiando-os a contribuir para as estratégias de neutralidade, climática através de processos de cocriação e participação ativa: “A descarbonização da economia e da sociedade oferece oportunidades importantes e preparar o país para realidades que configurarão os fatores de competitividade num futuro próximo”, defende a Secretária de Estado, acrescentando que o Governo mantém o compromisso de “continuar a colocar os fundos europeus regionais ao serviço da recuperação económica do país e da convergência com a União Europeia”, nomeadamente, em matéria de “redução de assimetrias territoriais e igualdade de oportunidades entre os cidadãos, aproveitamento do potencial endógeno e diversificado, o investimento empresarial inovador e competitivos e também medidas de criação de emprego, dando respostas aos desafios demográficos, de forma a atrair e fixar pessoas” e, ainda, “ao desafio estratégico da transição digital e climática”.
O Município de Guimarães escolheu o Dia Mundial do Ambiente para formalizar o Pacto Climático que visa a neutralidade até 2030. O dia ficou ainda marcado pelo lançamento do site que permite às instituições subscreverem o Pacto. 70 instituições já estão comprometidas.
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