A cidade do México ativou na quarta-feira, pela primeira vez este ano, a primeira fase do alerta ambiental devido aos elevados níveis de ozono na atmosfera, declarou a Comissão Ambiental da Megalópole (Came).
Segundo a agência Lusa, a contingência ambiental vai entrar hoje em vigor, o que significa que as autoridades vão retirar da circulação diária nas estradas da cidade cerca de 1,5 milhões de carros, o equivalente a 30% do total de veículos que circulam na capital mexicana.
Além de restringir a circulação de carros, o Came recomendou ainda que as pessoas com problemas respiratórios permanecessem dentro de casa durante as horas mais quentes, que sejam suspensas atividades desportivas, culturais e cívicas nas escolas.
As restrições ao transporte de carga, distribuição de combustível e a redução de emissões de ozono por parte das empresas, foi também sugerido pelo Came.
Os estados mexicanos Hidalgo, Morelos, Puebla e Tlaxcala também vão participar no programa de controlo de carros.
Esta decisão foi tomada porque uma estação de monitorização da qualidade do ar, no sudeste da capital mexicana, registou 161 pontos de ozono no índice de qualidade do ar, 11 pontos a mais que o máximo permitido, explicou a Came.
As previsões do tempo indicam que vão permanecer condições desfavoráveis para a dispersão de poluentes, devido ao vento fraco, estabilidade atmosférica, altas temperaturas e maior radiação solar.
De acordo com o Sistema de Monitorização Atmosférico, os cerca de cinco milhões de veículos que circulam na capital são considerados a maior fonte das 5.000 toneladas de poluentes atmosféricos emitidos diariamente na Cidade do México.
Relatórios oficiais de qualidade do ar na Cidade do México indicam que, entre 1986 e 2016, a poluição do ar diminuiu, mas as concentrações ainda excedem os limites permitidos.