No âmbito da 2ª Conferência do Oceano das Nações Unidas, que decorre entre os dias 27 de junho e 1 de julho, mais de 251 organizações nacionais e internacionais convidam cidadãos e ativistas de todo o mundo para uma Marcha Azul pelo Clima, a realizar-se no dia 29 de junho, quarta-feira, às 18:00 no Parque das Nações, em Lisboa.
“Se a conservação dos ecossistemas terrestres, nomeadamente das florestas, e o fim da utilização de combustíveis fósseis são amplamente reconhecidas como formas de luta contra a crise climática, o oceano e os seus diversos ecossistemas e serviços continuam a não ser reconhecidos como tal”, pode ler-se na convocatória, partilhada pelas organizações.
Sob o lema “Salvar o oceano, proteger o futuro”, a Conferência dos Oceanos dedica-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 – “Proteger a vida debaixo de água” –, tendo por isso os olhos dos 193 Estados que compõem a ONU postos em Lisboa.
Para as organizações, esta conferência afigura-se como determinante, numa altura em que “exigimos compromissos ambiciosos, corajosos e que respondam com eficácia à crise provocada pela emergência climática e da biodiversidade. Muitos países têm-se posicionado publicamente nos últimos anos na linha da frente da conservação marinha e é agora necessário, mais do que nunca, que as palavras deem lugar aos atos”.
Um oceano “saudável, resiliente e bem governado” é, para estas entidades, um “contributo essencial” para se reverter a crise climática e garantir uma transição energética e social justa e um nível de vida decente para todos os habitantes do planeta. “Nunca é demais lembrar que o oceano pertence e beneficia toda a humanidade”, alertam.