No primeiro semestre de 2021 a Lipor recebeu cerca de 30.340,80 toneladas de materiais entregues para reciclagem nos Ecopontos, Ecocentros e Zonas de Recolha Seletiva Porta-a-Porta, o que significa um crescimento de cerca de 4% relativamente ao período homólogo de 2020, essencialmente no papel ou cartão, plástico e vidro.
Segundo um comunicado, estes valores são fruto do forte investimento e da aposta que a Lipor e os Municípios associados têm desenvolvido, com vista a maximizar e incrementar a quantidade de materiais a enviar para reciclagem.
No mesmo período, “recebemos 19.655,79 toneladas de biorresíduos recolhidos seletivamente, resultado que, comparativamente a 2020, representa um aumento de 5,71%, justificado pela aposta na implementação de mais projetos de recolha porta a porta e do retorno parcial da atividade da restauração (fruto do desconfinamento)”, refere a Lipor.
Uma excelente notícia é o “significativo decréscimo na produção global de lixo. 189 250,34 toneladas rececionadas (-3,80% que no mesmo período de 2020), material que, no entanto, não tem como destino final o aterro sanitário”, lê-se no mesmo comunicado. A Lipor aproveitou todo o potencial do material valorizando-o na sua Central de Valorização Energética o que permitiu, neste primeiro semestre de 2021, a exportação para a rede nacional da EDP de 82 312 MWh de energia elétrica.
Os produtos Lipor, nomeadamente os Recicláveis (papel e cartão, plásticos, vidro e metais), o Composto Orgânico Nutrimais® e a Energia Elétrica exportada, tiveram um impacto positivo na redução de emissões para a atmosfera noutros setores económicos na ordem das 55.674 tCO2e.
Este projeto, tal como refere a Lipor, conseguiu, em pouco mais de 20 anos, criar um Sistema de Valorização de resíduos com parâmetros ambientais, que eliminou todas as lixeiras da região, reduziu o envio de resíduos para Aterro a valores mínimos valorizando, assim, praticamente 100% dos seus resíduos, elevando a qualidade de vida de mais de um milhão de habitantes do Grande Porto. A entidade quer continuar a apostar na prevenção, na reutilização, na reciclagem, na valorização energética, na descarbonização e no investimento em Sistemas e Infraestruturas cada vez mais modernos de tratamento de resíduos e a consequente eliminação dos Aterros.