Um grupo de cidadãos guineenses interpelou ontem a direção da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) sobre a falta de energia e água canalizada em Bissau, tendo sido informados que o problema “está longe de se resolver”, segundo a “Lusa”. Helena Abrahamsson, coordenadora da iniciativa, disse à “Lusa” que a direção da EAGB lhes disse que não tem uma resposta concreta sobre para quando será restabelecida um funcionamento regular da energia e água canalizada em Bissau.
O diretor-técnico da empresa, que recebeu o grupo de cidadãos, na ausência do diretor-geral, explicou que a empresa “passa por grandes dificuldades estruturais” e que mesmo que fosse retomado ontem o fornecimento de energia não há garantias de que será de forma permanente, disse.
Helena Abrahamsson disse que o grupo que liderou não obteve uma resposta satisfatória por parte da direção da EAGB, mas hoje vai reunir-se com o ministro, demissionário, da Energia, que tutela a empresa, para o questionar sobre o que se passa. “Não é normal que as pessoas fiquem três, quatro dias sem energia elétrica, sem água. Enquanto consumidores temos o direito de saber, tanto mais que há muita gente que paga por antecipação”, defendeu Abrahamsson.
A ativista disse que o grupo de cidadãos, aberto para aceitar qualquer pessoa que se sinta lesada, vai-se bater até que haja uma resposta sobre o que se passa com a EAGB, ainda que a direção da empresa insista em salientar que não se trata de um problema político. Helena Abrahamsson disse ser inconcebível que a empresa não esteja a dar explicações aos consumidores sobre a falta de energia e água em Bissau.
Fonte da EAGB disse à “Lusa” que o diretor-geral da empresa, René Barros, está a tentar obter uma autorização junto do novo primeiro-ministro, Aristides Gomes, que, na sexta-feira, emitiu um despacho a proibir as movimentações de contas públicas, até à formação do novo Governo.