Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia (UE) reúnem-se entre quarta-feira e sexta-feira em Helsínquia, na Finlândia, para discutir assuntos como os ciberataques e as alterações climáticas, que estão a dominar a agenda comunitária.
No âmbito da presidência rotativa da UE, agora encabeçada pela Finlândia, os responsáveis pelas pastas dos Negócios Estrangeiros e da Defesa de cada país rumam a Helsínquia para participar nestas reuniões ministeriais, ocasião na qual Portugal será, respetivamente, representado pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, e pela secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto.
Um dos temas da agenda diz, então, respeito aos ataques cibernéticos (também conhecidos como ataques híbridos), tendo a presidência finlandesa da UE a intenção de aumentar a resiliência e a sensibilização sobre este tipo de crimes na região. Também por isso, serão abordadas questões como a inteligência artificial e a digitalização, ferramentas que a presidência finlandesa pretende aproveitar para melhorar a defesa na União.
Outro tema em cima da mesa é o impacto das alterações climáticas, nomeadamente na região do Ártico, que está a ser particularmente afetada pelo aquecimento global, com a presidência finlandesa a pretender maior intervenção diplomática da UE na região.
Para esta presidência rotativa da UE, entre julho e dezembro, a Finlândia assumiu como prioridades a melhoria da segurança dos cidadãos, o reforço da posição da União como líder mundial em políticas ambientais, a promoção dos valores comunitários e do respeito pelo Estado de direito e ainda o aumento da competitividade da região acompanhado de inclusão social.
O combate às alterações climáticas esteve em foco na reunião do G7 (grupo no qual a UE está representada) do passado fim de semana, que decorreu na cidade francesa de Biarritz, desde logo após o intensificar dos incêndios na Amazónia, a maior floresta tropical do mundo, fomentados pelo clima quente e seco.
Também a questão das ameaças cibernéticas tem feito parte da agenda comunitária, tendo sido criado, há meses, um quadro de sanções para pessoas ou entidades responsáveis por ciberataques, no âmbito da política externa e de segurança comum (PESC) da UE.