A China prometeu modernizar até 2020 as suas centrais de carvão com o intuito de diminuir as emissões de carbono em 60%, segundo anúncio feito ontem pelo governo, em paralelo à Conferência do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas) em Paris. A operação permitirá deixar de produzir cerca de 100 milhões de toneladas de carvão bruto e evitar a emissão de cerca de 180 milhões de toneladas de CO2 anualmente, segundo comunicado oficial citado pela agência Xinhua.
Para 2020, a China garantiu que terá fechado as centrais que não respeitam as normas em matéria de fornecimento energético, segundo a nota.
O anúncio ocorreu no dia seguinte a um grave episódio de contaminação atmosférica em Pequim, devido sobretudo ao aumento da atividade das centrais de carvão pela queda das temperaturas.
Mais de 70% da eletricidade chinesa é produzida a partir do carvão, do qual o gigante asiático consumiu 4,2 bilhões de toneladas em 2013.
Principal produtor e consumidor de carvão do mundo, a China reconheceu ter subestimado o seu consumo e queimado nestes últimos anos centenas de milhões de toneladas além do anunciado inicialmente.
A China, segunda maior economia mundial e principal contaminante do planeta, prometeu que atingiria o máximo de suas emissões de CO2 até 2030.