O programa espacial da China lançou nesta quinta-feira o primeiro satélite de controlo global das emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás causador do aquecimento global, com o objetivo de observar que países cumprem com os compromissos na luta contra a mudança do clima, segundo noticiou hoje o Ambiente Brasil.
O aparelho, chamado TanSat, de 620 quilos, foi lançado do Centro de Jiuquan, no Deserto de Gobi (noroeste do país), e orbita a 700 km da Terra, sincronizado com o Sol, informaram os responsáveis da missão através da agência oficial de notícias “Xinhua”.
A China é o terceiro país do mundo, depois dos Estados Unidos e Japão, a dispor deste tipo de satélite, com o qual a segunda maior economia do mundo – maior emissor de CO2 do planeta – procura “entender melhor a mudança climática e dispor de dados independentes” para a elaboração de políticas ambientais, afirmou a Xinhua.
“O TanSat examinará os níveis planetários de CO2 a cada 16 dias, com uma margem de erro inferior a quatro partículas por milhão, e será capaz de detectar variações atmosféricas mínimas”, afirmou Ying Zengshan, chefe da equipa do projeto no instituto de pesquisa de satélites da Academia Chinesa de Ciências.
“O novo satélite dá mais voz à China na mudança climática, na redução de emissões e nas negociações, com maiores argumentos no comércio destas”, destacou a agência Xinhua.