Celebra-se amanhã, dia 22 de março, o Dia Mundial da Água. A propósito desta efeméride, o Conselho Mundial da Água (World Water Council – WWC) lança um alerta a todos os governos “para se concentrarem no tema da água” e “incentiva-os a contribuir com uma parte significativa dos seus orçamentos em projetos que disponibilizem água potável a todos no planeta”. Um ponto fulcral, referem, considerando que atualmente 12% da população mundial não tem acesso a água potável e as doenças relacionadas a água causam 3,5 milhões de mortes por ano.
O conselho, em colaboração com os parceiros UCLG, ICLEI e GWOPA, reafirma que o acesso das pessoas ao saneamento e à água potável são prioridades fundamentais para os governos locais e regionais, a fim de alcançar o Objetivo n.º 6 do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, em que o acesso universal à água e saneamento “só pode ser alcançado com um bom governo local, gestão sustentável dos recursos naturais e urbanização eficaz”.
“Existe uma necessidade absoluta de aumentar a segurança da água com o objetivo de superar os desafios provocados pelas alterações climáticas e influência humana”, realça o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga. “Os líderes mundiais reconhecem que o saneamento é fundamental para a saúde pública, mas precisamos de agir agora para alcançarmos o Objetivo n.º 6 de Desenvolvimento Sustentável Global das Nações Unidas – disponibilizar água potável e saneamento a todas as pessoas em todo o mundo, de agora até 2030. Precisamos do empenho ao mais alto nível, para que cada vila e cidade do Mundo garanta a disponibilidade de recursos hídricos seguros e limpos”.
Fundado em 1996, o conselho é composto por mais de 300 organizações e tem como objetivo principal aumentar a disponibilidade de água potável e ajudar a reforçar a segurança hídrica em geral. “O Conselho Mundial da Água encoraja assim os governos e os cidadãos a aumentar a segurança hídrica nos seus países, assim como prestar auxílio às nações com maiores dificuldades, nomeadamente as localizadas na África subsaariana e Ásia onde, respetivamente, 32% e 12,5% das populações, não têm acesso a água potável”, acrescentam em comunicado.