A Escola Básica e Secundária de Castelo de Paiva custou cerca de 20 milhões de euros, foi concluída em abril do a ano passado, mas já apresenta vários problemas que condicionam a aprendizagem dos 1322 alunos que a frequentam, adianta esta quarta-feira o Jornal de Notícias.
Segundo a Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Castelo de Paiva (APAECP), as cadeiras “trabalham mais fora de horas do que quando são precisas” e, por esse motivo, o aquecimento não chega a algumas salas.
Em comunicado, a APAECP também denuncia “avarias na cantina que estão há três anos por resolver” e o mau funcionamento “do sistema hidráulico das janelas do pavilhão, o que permite a entrada do frio em toda a extensão daquele equipamento”.
“As peças ou equipamentos da escola quando avariam, por vandalismo ou desgaste do próprio material, ficam meses à espera de reparação, porque tem de haver um concurso público para o efeito e a Parque Escolar [responsável pela construção do estabelecimento de ensino] tem e as reparar em conjunto com outras avarias detetadas noutras escolas do país. Esta situação é um verdadeiro escândalo”, alegam os pais.
A falta de uma cobertura que proteja, em dias de chuva, a passagem dos alunos até ao portão de entrada é outro dos problemas. “Trata-se de uma prioridade face à estação do ano que estamos a passar”, sublinha a APAECP.
Ao Jornal de Notícias, o presidente da Câmara de Castelo de Paiva revela que já informou o Governo destas lacunas: “Estou em contato com o Ministério da Educação, que me garantiu que está a acompanhar o processo para resolver os problemas”. Gonçalo Rocha acrescentou que espera que uma solução seja apresentada “em breve” e criticou a forma como são geridos os processos que envolvem obras em escolas. “Os níveis de decisão têm de estar mais próximos para que o problema seja resolvido mais rapidamente”, defendeu.