A recolha seletiva de biorresíduos já chega a 65 mil alojamentos no município de Cascais e, em 2023, foram recolhidas 2.138 toneladas, o que corresponde a um aumento de quase 450% face a 2022.
Mas só no primeiro trimestre deste ano, o município já recolheu 1.155 toneladas de resíduos orgânicos nos sistemas de sacos verdes e dedicado. Desta forma, a Cascais Ambiente espera ainda, no final de 2024, chegar às 4.332 toneladas de restos de comida que deixem de ir parar a aterro e passem a ser utilizadas para produção de energia e fertilizante.
A recolha seletiva em sacos verdes baseia-se na separação doméstica dos restos de comida, na deposição dos sacos verdes no contentor dos resíduos indiferenciados e na utilização dos mesmos camiões para a recolha. Uma vez recebidos na Tratolixo, os sacos verdes são separados do restante conteúdo dos camiões e encaminhados para produção de composto e energia elétrica.
Por cada tonelada de biorresíduos, são produzidos 332 kWh de energia elétrica e 148 kg de composto. Esta energia produzida equivale ao consumo anual de 1.135 casas portuguesas e está a ser injetada na rede elétrica.
O concelho continua a fazer sensibilização porta-a-porta e a recolher adesões em espaços públicos. Durante a Semana do Município, que se inicia a 7 de junho, as equipas de divulgação dos Biorresíduos vão estar presentes em várias iniciativas para angariarem mais aderentes.
Luís Almeida Capão, presidente da Cascais Ambiente, salienta que “o sucesso deste modelo de recolha de bioresíduos – sacos óticos e sensibilização porta-a-porta – é demonstrado pela enorme taxa de adesão por parte dos munícipes e pela poupança financeira e ambiental que conseguimos alcançar”. Para o presidente da empresa municipal, “a recolha de biorresíduos em sacos verdes no contentor do lixo indiferenciado é uma oportunidade para aumentar as taxas de separação dos outros materiais recicláveis e uma metodologia que permite pensar em novos fluxos a serem recolhidos em cocoleção”.
A Expansão da Recolha de Biorresíduos em Sacos Óticos insere-se numa estratégia de gestão dos resíduos urbanos em Cascais pensada para alcançar a meta de preparação para reutilização e reciclagem de 60% em 2030. Ao fluxo de biorresíduos, a Cascais Ambiente quer juntar em breve outros materiais como os têxteis e os têxteis sanitários.