Cascais é o primeiro município em Portugal a operar com autocarros a hidrogénio
O município de Cascais já deu as boas-vindas aos dois autocarros a hidrogénio. A apresentação destes veículos, os primeiros a operar em Portugal, aconteceu esta segunda-feira, dia 31 de maio, no Centro Cultural de Cascais. Os dois autocarros vão fazer rotas mais verdes do Parque natural e na zona do Guincho, segundo uma nota divulgada pelo município no site.
Para além de Cascais ser o primeiro a possuir este tipo de veículos, o município vai ser o único local em Portugal, a deter um posto de abastecimento deste tipo de energia, lê-se na nota.
A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial apela desde 2018, à utilização deste tipo de energia renovável e recomenda aos governos e ao setor privado maior cooperação a implementação do hidrogénio. Deste modo, Cascais assume a vanguarda de medidas concretas para a descarbonização, para a redução de emissões poluentes e com a racionalização de custos uma vez que vai ter também a possibilidade de abastecer veículos ligeiros e pesados, refere a nota.
Segundo o município, o hidrogénio fabricado será 100% verde, através de energias renováveis no seu processo de fabricação tendo Cascais estabelecido uma parceria com o grupo Salvador Caetano, para desenvolver e testar o primeiro veículo português de recolha de lixo movido a hidrogénio, no prazo de um ano, com a possibilidade futura de desenvolver uma frota de 10 veículos.
Esta parceria visa igualmente que o grupo Salvador Caetano possa estabelecer modelos de cooperação com outras entidades, como por exemplo as fotas de táxis, numa relação que permita fornecer veículos a hidrogénio com condições favoráveis para que em Cascais a circulação rodoviária reduza de forma substancial as emissões carbónicas, refere a nota.
Esta cooperação do município cascalense com o grupo vai garantir que seja testado no concelho o único modelo de automóvel existente em Portugal movido a hidrogénio, o Toyota Mirai, com um motor totalmente elétrico com zero emissões de CO2.
Os custos com a implementação do hidrogénio, segundo a mesma nota, serão suportados por concessão de ativos imobiliários da empresa que detém o posto – Cascais Próxima – passando pela eventual concessão do próprio posto, que não serão suportados pelos munícipes.