Cardume de mantas no Oceanário
O Oceanário de Lisboa recebeu um cardume de seis mantas da espécie Mobula hypostoma. Conhecida por diabo-do-mar-do-Atlântico, esta espécie habita zonas costeiras do Atlântico ocidental, sabendo-se pouco sobre as suas populações, idade, crescimento e taxas de reprodução.
“Consideramos fundamental dar a conhecer esta espécie e promover a sensibilização dos visitantes para as atuais ameaças face à sobre-exploração dos seus habitats. O papel do Oceanário na promoção da conservação da biodiversidade marinha concretiza-se, neste projeto, em facilitar o conhecimento científico desta manta, dado que é uma espécie pouco estudada no ambiente natural”, destacou Núria Baylina, curadora do Oceanário de Lisboa.
Após a sua chegada ao Oceanário, as mantas passaram por um período de aclimatação às novas condições de vida. Foram também treinadas para serem monitorizadas pela equipa de aquaristas. Na sequência, foram introduzidas no aquário central, permanecendo vários dias numa estrutura de isolamento para habituação ao local.
O diabo-do-mar-do-Atlântico pode atingir 120 cm de envergadura. Forma pequenos cardumes, que se alimentam de zooplâncton, pequenos camarões e peixes. Ao habitar preferencialmente zonas costeiras, é alvo de pesca comercial e acidental. O seu estatuto de conservação (IUCN) é inexistente, por não haver dados suficientes.
O pequeno cardume de diabos-do-mar-do-Atlântico encontra-se agora no aquário central do Oceanário, onde coabita com dezenas de outras espécies, como tubarões, peixes-lua e meros.