O ministro da Agricultura desafiou hoje no Bombarral a Associação Nacional das Empresas Florestais a fundamentar as críticas que apontou à reforma florestal, esclarecendo que decorreu um longo período de audição pública na qual aquelas empresas não participaram. “Dos críticos não ouvi nenhuma fundamentação, porque dizer que se está contra a reforma é muito fácil. Agora essas críticas têm de ser objetivadas”, afirmou Capoulas Santos à agência Lusa, quando confrontado com declarações da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA).
O ministro da Agricultura disse estar “disponível” para discutir, “quando as críticas forem fundamentadas”, em declarações à margem de uma visita a um pomar e uma central fruteira de pera rocha.
O governante lembrou que a reforma florestal esteve em discussão pública durante três meses, período durante o qual a tutela recebeu “mais de 600 contributos”, que participou em reuniões por todo o país e que esteve vários meses em discussão na Assembleia da República antes de ser promulgada pelo Presidente da República. Contudo, esclareceu, “nunca vi estes críticos aparecerem nessas reuniões nem recebi qualquer proposta crítica”.
A ANEFA criticou a reforma da floresta recentemente aprovada, considerando que foi feita sem participação “de quem nela trabalha” e que apenas uniu em oposição os agentes do setor. (Leia aqui).
Recorde-se que o Parlamento aprovou, em julho, 10 diplomas sobre a floresta, que o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, considerou, em entrevista recente à Lusa, uma grande revolução.