“À data de hoje, voltou a verificar-se um incumprimento da palavra dada pela Ministra da Agricultura (Maria do Céu Antunes) no que respeita ao pagamento antecipado de 500 milhões de euros relativamente ao Pedido Único (PU)”, lamenta a Confederação dos Agricultores de Portuga l (CAP).
“Faltou à palavra dada pela primeira vez quando, no final de maio, mais de um mês após o anúncio desta garantia, falhou o prazo para fazer chegar o dinheiro prometido, e devido, aos agricultores. Faltou à palavra dada pela segunda vez hoje, mais 30 dias decorridos sobre a data de fim de maio. Junho chegou ao fim, os pagamentos prometidos não chegaram e os agricultores esperam e desesperam”, lê-se no comunicado, divulgado esta quinta-feira, pela CAP.
“Sem tesouraria, com empréstimos bancários contraídos a correrem juros, com compromissos assumidos junto de fornecedores, e sem qualquer previsão credível da data dos pagamentos”, a CPA lamenta o facto dos agricultores portugueses terem sido “enganados duas vezes”, estando numa “situação complicadíssima e desesperante”.
Esta é uma situação, que no entender da CAP, é “injusta” e que “desgasta os agricultores que estão já a ser muito penalizados pelo atual contexto de seca, de escalada brutal dos preços dos combustíveis e da energia, da subida vertiginosa dos preços das matérias primas e dos fertilizantes e de um fosso de perda de competitividade face a Espanha que se alarga a cada dia que passa”.
No mesmo comunicado a CAP exige “verdade e honestidade” nas promessas e nos anúncios que são feitos pelo Governo. “Há que respeitar a palavra dada. Há que respeitar os agricultores”, apela.