CAP apela ao protesto dos agricultores após Governo voltar a falhar no pagamento das verbas da PAC

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) confirma que, à data de hoje e, pela terceira vez, os agricultores portugueses voltaram a não receber qualquer pagamento das verbas da PAC – Política Agrícola Comum.

Num comunicado, a CAP recorda que a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, comprometeu-se, no passado dia 21 de abril, que “liquidaria antecipadamente” uma determinada verba da PAC até 30 maio. “Correu todo o mês de maio e no final prometeu que seria em junho. Decorrido este voltou a prometer que seria até hoje, mas nada aconteceu até ao momento. A situação e inadmissível e assume proporções insustentáveis”, alerta a Confederação.

“A Ministra faltou, por três vezes, à palavra dada. Prometeu pagar e não cumpriu. O compromisso que publicamente assumiu levou a que milhares de agricultores tomassem decisões que, de outro modo, não tomariam”, lamenta Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da CAP, acrescentando que, “em consequência da promessa da Ministra, os agricultores anteciparam decisões financeiras, firmaram contratos e encomendas junto de fornecedores e assumiram responsabilidades. As situações de incumprimento em que muitos agricultores se encontram, decorrem, diretamente, da falta de cumprimento da palavra da Ministra da Agricultura”.

Face ao sucedido, a CAP recomenda e apela  que os agricultores que – se sentem lesados por esta situação, exclusivamente causada pela promessa não cumprida da Ministra – “enderecem massivamente, por escrito, as suas queixas e indignações à própria Ministra da Agricultura, expondo as situações em que se encontram por terem agido na sequência do compromisso que assumiu e que, pela terceira vez, não cumpriu”, lê-se no comunicado.

Assim sendo, a Confederação vai disponibilizar a todos os agricultores, através das suas associadas, uma “minuta de mensagem para que estes protestos possam rapidamente começar a ser dirigidos à responsável por esta situação desesperante, mas evitável, em que os agricultores se encontram”.