Campanha “Vota Tâmega” quer parar a construção de novas barragens
Com o objetivo de que se pare a construção das barragens do Vale do Tâmega, surge agora uma campanha promovida pela associação ambientalista GEOTA, no âmbito do projeto Rios Livres, que dá pelo nome ‘Vota Tâmega’.
Esta ação pretende sensibilizar os/as candidatos/as a Presidente de Câmara nas Eleições Autárquicas de outubro de 2017 para o impacto negativo das novas barragens no Vale do Tâmega: Fridão, Daivões, Gouvães e Alto Tâmega.
“Durante vários dias trabalhámos para sensibilizar candidatos e candidatas a autarcas dos municípios afetados a assinarem a Declaração pelo Tâmega: documento que defende um rio limpo, sem poluição e sem novas barragens. Até ao momento, nenhum dos candidatos assinou a declaração”, explicam os dinamizadores da campanha em comunicado.
Iniciada em junho, a campanha continua em www.votatamega.com, local onde se apresentam as 8 razões pelas quais esta campanha pede o fim da construção destas barragens. Entre os dias 18 e 23 de julho, arranca também mais uma Caravana pelo Tâmega, que vai passar por várias localidades para falar com as populações, informar sobre o tema e insistir que os/as candidatos/as a autarcas assinem a Declaração.
“Esta é a segunda Caravana pelo Tâmega. Percebemos na primeira edição, em novembro de 2015, que muitos munícipes do Vale do Tâmega não concordavam com estas obras, nem se sentiam representados pelos autarcas. Em ano de eleições vamos explicar aos candidatos e candidatas o quão destrutivas são estas novas barragens e dar ferramentas a quem vota para agir”, explica Ana Brazão, coordenadora do Projeto Rios Livres – GEOTA.
“Vota Tâmega pretende mostrar às candidaturas e às populações locais que uma barragem produz mais do que energia elétrica. Na verdade, este tipo de construções tem impactes profundos a nível financeiro, ambiental e patrimonial, que não se justificam, uma vez que as barragens do Vale do Tâmega vão ser responsáveis pela inundação de mais de 1 856 hectares. Era como se a Ilha do Corvo, nos Açores, ficasse debaixo de água. Tudo isto para produzir cerca de 0,4% da energia consumida em Portugal”, acrescentam em comunicado.