Campanha permite transformar 4,87 toneladas de boletins de voto em alimentos
Nas mais recentes eleições legislativas de 2022, os portugueses exerceram o seu direito de voto, o que se traduziu em milhares de votos em papel reciclável. Através da atribuição de 100% do valor monetário equivalente ao peso dos boletins de voto recolhidos e encaminhados para reciclagem, a Reisswolf contribui com uma doação no âmbito da campanha “Papel por Alimentos” do Banco Alimentar.
“Além da natural relevância de um processo eleitoral, esta ação vai permitir fazer a diferença nas áreas social e ambiental, pelo que a Reisswolf está muito entusiasmada por contribuir para uma sociedade mais justa e equilibrada”, declara José Henrique, administrador da Reisswolf, empresa que assegurou a recolha, tratamento, destruição segura e reciclagem dos boletins de voto, citado num comunicado.
Com o resultado do processo eleitoral foram contabilizadas 4,87 toneladas de papel, o que corresponde a uma quantia de mil euros doados integralmente à campanha “Papel por Alimentos”. Além de beneficiar muitas famílias carenciadas, ao contribuir para reduzir as carências alimentares, esta doação resulta de uma “ação concertada”, integrando-se nas metas da empresa para a “concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em concreto a meta ODS 2 – Erradicar a fome”, refere o comunicado.
“No cenário pandémico que se tem vivido, e ao qual se junta agora o contexto internacional desfavorável, questões sociais tão sensíveis como as deficitárias condições de vida das famílias podem agudizar-se ainda mais. É por isso gratificante podermos participar com a nossa atividade para uma iniciativa tão impactante para as pessoas”, destaca José Henrique.
A ideia desta colaboração partiu da Reisswolf que foi a responsável por garantir a instalação e a recolha de 440 contentores-cofre na FIL, em Lisboa, que serviram de depósito de todos os boletins de voto do país. Posteriormente, juntaram-se os votos do círculo europeu, a última fase que encerra este ato eleitoral. “O processo seguiu para a fase de destruição confidencial de todo o papel, que resulta em partículas de 2×2 cm, uma dimensão tão reduzida, que impossibilita a recuperação de qualquer informação contida nos documentos”, explica. Depois de prensado, “o papel triturado é encaminhado para a indústria da pasta do papel, onde poderá ser seis a setes vezes reciclado e reutilizado”, acrescenta o responsável, destacando que esta ação permitiu à Reisswolf contribui para a “redução da pegada ecológica”, contabilizada em termos de “poupança de árvores, água e energia elétrica”.
Estratégia de economia circular vai beneficiar rede solidária
Numa parceria com a associação Entrajuda, a Reisswolf aceitou o desafio de ser embaixadora do projeto “Banco de Bens Doados”, através da assinatura de um protocolo de parceria. Neste âmbito, está a pôr em prática uma estratégia de economia circular de bens e materiais, na qual os clientes da Reisswolf ou qualquer outra instituição podem participar através da doação de equipamentos informáticos, eletrodomésticos, ou outro tipo de bens como livros, brinquedos, vestuário, entre outros, que possam ser reutilizados. Para além disso, a Reisswolf contribui ainda para a Entrajuda com 30% do valor dos serviços prestados aos seus clientes no âmbito desta campanha, pode ler-se no comunicado.
“A participação das empresas neste tipo de iniciativas, mais do que uma atitude solidária, revela que as organizações estão cada vez mais despertas para a urgente necessidade de lutar contra o desperdício, reduzir os impactos ambientais, numa economia verdadeiramente circular, e contribuir para promover o combate à pobreza, e que querem ser agentes ativos nessa mudança”, afirma Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome e fundadora da Entrajuda.
Além do caráter humanitário, esta parceria pretende também enquadrar o serviço de recolha de resíduos e a sua importância para a proteção do meio ambiente. Para a Reisswolf, no contexto do compromisso para a concretização da Agenda 2030 sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, “é imperativo que as empresas e organizações integrem estas metas nos seus processos internos e nas suas tomadas de decisão. É o poder de inovação das grandes organizações ao serviço de um futuro mais sustentável e inclusivo”, sustenta José Henrique.