Campanha Coastwatch do GEOTA desafia portugueses a proteger os oceanos
O GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente), lança a 32.ª Campanha, para o ano 2021/2022, com a temática “Emergência Oceano”, adaptada a todas as idades. Segundo o GEOTA, esta campanha tem como objetivo promover a educação ambiental para a sustentabilidade, a cidadania participativa e o voluntariado ambiental.
A 32.ª campanha Coastwatch “Emergência Oceano”, já com com inscrições abertas, é dirigida a todos os cidadãos e pretende alertar e sensibilizar para os problemas que os oceanos enfrentam, nomeadamente o aquecimento das águas, a acidificação, a sobre-exploração de recursos, a aquacultura não sustentável e a poluição por contaminação, de resíduos e sonora. Também a contaminação genética e das espécies invasoras, que conduz à destruição de habitats, a perda de biodiversidade e de recursos marinhos, são alguns dos temas destacados pela nova campanha, lê-se num comunicado.
“Um oceano saudável é fundamental para o desenvolvimento humano e, por isso, é necessário atingir um novo paradigma em que a conservação dos oceanos e o progresso económico sustentável sejam privilegiados. Os riscos e impactos das atividades humanas sobre o litoral exigem políticas e medidas concretas e o envolvimento permanente e direto dos cidadãos”, afirma Carla Pacheco, da equipa coordenadora do Coastwatch Portugal do GEOTA.
O projeto Coastwatch apela à realização de percursos pedestres nas zonas costeiras portuguesas, fora da época balnear, com observação e registo de importantes informações ambientais, como animais, algas, plantas e qualidade das entradas líquidas de água doce e sempre que possível a recolha de lixo marinho.
As saídas de campo Coastwatch podem ser realizadas de forma individual ou em grupo, como famílias, vizinhos, amigos, empresas, comunidades educativas ou associações. As zonas costeiras são escolhidas pelos participantes e monitorizadas com o material pedagógico Coastwatch adaptado a diferentes escalões etários.
“Só com cidadãos pró-ativos e com conhecimento é possível intervir junto de quem gere as nossas zonas costeiras para que sejam tomadas decisões esclarecidas e que visem a sua proteção. O Coastwatch Portugal é uman das formas como a sociedade civil pode contribuir eficazmente para intervir na proteção das zonas costeiras”, declara Carla Pacheco.
Em Portugal, a coordenação do Coastwatch Portugal é realizada há 32 anos pela associação ambientalista GEOTA com o apoio voluntário de escolas, associações, escuteiros, ONG’s, municípios, organismos do Estado, entre outras entidades, algumas das quais são coordenadores regionais do Projeto Coastwatch e cidadãos de todo o país.