Câmara do Barreiro planta 200 espécies autóctones
No passado sábado, dia 7 de novembro, a câmara municipal do Barreiro, em colaboração com o Grupo Flamingo, levou a cabo a iniciativa “Reserva o Sábado”, dedicada à plantação de espécies autóctones. Quase três dezenas de participantes plantaram 120 medronheiros e 80 murtas numa parcela de terreno adequado ao seu crescimento.
A atividade teve início no Centro de Educação Ambiental (CEA), com uma apresentação sobre a temática à qual se seguiu a plantação das árvores. Os percursos percorridos pelos participantes durante a ação foram aproveitados para interpretar a flora existente na Mata da Machada, ao mesmo tempo que, eram veiculadas informações sobre o projeto Life Biodiscoveries. Foi, também, explicado como se procede ao descasque de acácias e à remoção de chorão, duas espécies invasoras que ameaçam o equilíbrio desta floresta.
Esta plantação na Mata Nacional da Machada decorreu, salienta a autarquia em comunicado, “na melhor altura do ano para o efeito, porque curiosamente aquele que é considerado o Dia da Floresta (21 de março e que foi criado na Europa de Norte) não é a data mais propícia para a plantação de árvores no nosso território”. “Em novembro, dia 23, e apenas na Península Ibérica, é assinalado o Dia da Floresta Autóctone”, lembrou.
Recorde-se que a floresta autóctone portuguesa é formada por plantas originárias do nosso país de entre as quais os carvalhos, medronheiros, zimbros, castanheiros, urzes e estevas. Como está melhor adaptada às condições do solo e do clima, torna-se mais resistente a pragas e a longos períodos de seca ou de chuva intensa, bem como aos fogos, ajudando a manter a fertilidade do espaço rural, o equilíbrio biológico das paisagens e a diversidade dos recursos genéticos. Estas florestas, são importantes lugares de refúgio e reprodução para um grande número de espécies animais autóctones, algumas delas também em vias de extinção.