A Câmara de Chaves anunciou a conclusão da construção do sistema de drenagem do parque empresarial para a estação elevatória, uma obra de 161 mil euros que pôs fim a 11 anos de esgotos a céu aberto.
“Com a conclusão desta obra, orçada em mais de 161 mil euros, ficam resolvidos os problemas ambientais referentes à linha de água, resultantes da falta de tratamento de águas residuais, que contaminavam o rio Tâmega”, afirmou, em comunicado a que a Lusa teve acesso, o presidente do município, Nuno Vaz. O autarca salientou que “esta é uma boa notícia para o rio Tâmega, para os ecossistemas do rio e para os habitantes de Outeiro Seco”.
Em 2016, a associação ambientalista Quercus denunciou “descargas ilegais” em Outeiro Seco, Chaves, que alegadamente decorriam desde 2007, referindo ainda que os “esgotos eram provenientes dos parques empresariais localizados no lugar de Vale Salgueiro”.
A Quercus referiu que aquela situação constituía “não só um atentado ambiental, mas também um grave perigo à saúde pública” e que “os resíduos eram, na maioria, produtos químicos industriais que iam diretamente para as linhas de água, terrenos e Rio Tâmega, à vista de todos”.
Segundo explicou a autarquia “este sistema de drenagem de águas residuais consiste num coletor gravítico, implantado ao longo do caminho existente, acompanhando uma pequena linha de água na parte final, entre o parque empresarial e a estação elevatória de Outeiro Seco II”. A obra obrigou ainda à construção do ramal de abastecimento de água à estação elevatória de Outeiro Seco.
Com a entrada em funcionamento deste emissário, com uma extensão de 1,5 quilómetros, foi desativada a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) compacta existente. Esta empreitada foi alvo de uma candidatura ao Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos.