Cabo Verde inaugura terceira central única para reforçar capacidade de energia
O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, inaugurou hoje a central única da ilha do Fogo, a terceira no país, um investimento de 5,8 milhões de euros que vai reforçar a capacidade de distribuição de energia na ilha. A central única do Fogo, situada no concelho de São Filipe, o maior centro urbano da ilha, foi construída de raiz, no âmbito do Projeto de Reforço dos Sistemas de Produção, do Transporte e Distribuição de Energia, implementado pelo Ministério do Turismo, Investimento de Desenvolvimento Empresarial.
A nova central dota a ilha de novos equipamentos, entre os quais dois novos grupos eletrogéneos, que totalizam 3.200 KW de potência e que vêm acrescentar aos 2.600 KW de potência de outros dois grupos eletrogéneos existentes no concelho, totalizando 5.800 kilowatts de potência.
O projeto custou cerca de 642 milhões de escudos cabo-verdianos (5,8 milhões de euros), financiado em parceria do Governo cabo-verdiano com a cooperação holandesa, Banco de Investimento e Desenvolvimento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e o Fundo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para o Desenvolvimento Internacional (OFID), avança a Lusa.
O projeto engloba ainda a ampliação e melhoria das redes de produção e distribuição de energia na também conhecida como “Ilha do Vulcão”, financiado pelos mesmos parceiros em 140 milhões de escudos cabo-verdianos (1,2 milhões de euros).
A última central única, construída de raiz na cidade do Porto Novo, foi inaugurada em outubro do ano passado, em Santo Antão, um investimento de mais de 800 milhões de escudos (7,2 milhões de euros) e com capacidade para 5.200 KW de potência.
Em março de 2013, o primeiro-ministro inaugurou a primeira central única do país, uma estação localizada num dos bairros da cidade da Praia, um investimento de 52 milhões de euros, cofinanciado pelo Governo, Cooperação Japonesa, Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Banco de Investimentos e de Desenvolvimento (BID) e pela CEDEAO.
O Governo cabo-verdiano também pretende construir centrais únicas nas ilhas de São Nicolau e Boavista, para melhor qualidade, eficiência da energia distribuída aos cabo-verdianos.