No Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono que se assinala esta quinta-feira, 15 de setembro, cientistas do programa Copernicus, o programa de observação da Terra da União Europeia, alertam para a dimensão do buraco na camada de ozono no hemisfério sul que ultrapassou o tamanho da Antártida, continente com cerca de 14 milhões de quilómetros quadrados.
“O buraco da camada de ozono cresceu consideravelmente na última semana e agora é maior do que 75% dos buracos de ozono nesta época do ano, desde 1979”, indicam os cientistas, partilhando novos dados sobre a camada atmosférica que protege a Terra de radiação ultravioleta nociva, lê-se na Lusa.
“Este ano, o buraco da camada de ozono desenvolveu-se da forma esperada no início da estação. Parece muito semelhante aos anos anteriores, que não foram excecionais em setembro, mas depois tornou-se um dos maiores nos nossos registos para o final da época”, revelou o diretor do Copernicus, Vincent-Henri Peuch, citado pela Lusa.
De acordo com as estimativas dos cientistas, o buraco evoluirá este ano de forma diferente da habitual: “O vórtice é bastante estável e as temperaturas estratosféricas são ainda mais baixas do que no ano passado. Estamos diante de um buraco de ozono bastante grande e potencialmente profundo”, acrescentou o investigador.
De acordo com a Lusa, o sistema de observação assenta em modelação por computador, combinada com imagens de satélite, de forma semelhante às previsões do tempo, para obter uma imagem tridimensional abrangente do buraco do ozono.