Brasil decisivo nos bons resultados da Galp Energia
A Galp Energia registou um resultado líquido de 236 milhões de euros nos nove primeiros meses de 2014, mais 18 milhões de euros do que no período homólogo em 2013. Resultados positivos, alavancados, sobretudo por um aumento de 50% da produção no Brasil. O aumento da produção total de petróleo e gás natural foi então de 18% para 28,5 mil barris de óleo equivalente por dia (mbopd). Esta evolução foi sustentada pelo aumento da produção da FPSO Cidade de Paraty, que atingiu a sua capacidade máxima de produção de 120 mbopd em Setembro, antes do previsto. Os testes de longa duração (EWT) realizados nas áreas de Lula Central, Lula Sul e Iara, nos primeiros nove meses de 2014, também contribuíram para o aumento da produção do Brasil, com uma produção média conjunta de 1,9 mbopd. Destaca-se que a FPSO Cidade Angra dos Reis também operou de forma estável no período. Em Angola, a produção working interest retraiu-se em 14%, devido à diminuição da produção do campo Kuito, no Bloco 14. Por outro lado, a produção do campo BBLT aumentou cerca de 9% face ao período homólogo, com a entrada em produção de novos poços. Também a execução dos projectos de produção no Brasil resultou num aumento de 22% na produção net entitlement, que reverte integralmente para a Galp Energia, com 24,9 mbopd, suportados pelo aumento da produção no Brasil. A paragem geral programada da Refinaria de Sines teve, como já havia sido previsto e noticiado anteriormente, impacto na exportação de produtos petrolíferos para fora da Península Ibérica, devido à menor disponibilidade do produto, que teve uma diminuição de 18% face a 2013, situando-se nas 2,7 milhões de toneladas. A evolução das margens internacionais de refinação no terceiro trimestre de 2014, compensaram esta paragem na margem de refinação da Galp, $2,4/bbl, que se manteve em linha com os resultados dos primeiros nove meses de 2013. O impacto foi ainda sentido no volume de vendas a clientes directos, que diminuiu 1%, tendo as vendas de produtos petrolíferos a clientes directos em África representado 8% do total. O volume de gás natural vendido aumentou 8%, atingindo os 5.586 milhões de m3, o que se explica pelas vendas de gás natural liquefeito (GNL) nos mercados internacionais, que aumentaram 571 mm3 em relação ao período homólogo. Já o Investimento totalizou 776 milhões de euros, dos quais 88% foram canalizados para o segmento de negócio de Exploração & Produção, nomeadamente para as actividades de desenvolvimento no campo Lula/Iracema, no bloco BM-S11, no Brasil. Os restantes 28% destinaram-se à campanha de exploração e avaliação que a Galp Energia realizou durante o ano, com destaque para as actividades na bacia de Santos, no Brasil, em Moçambique e em Marrocos. Nos negócios de R&D e G&P, o investimento totalizou 90 milhões de euros, um montante afecto principalmente à manutenção da refinaria Sines e à distribuição de gás natural. A dívida líquida situou-se em €1.583 milhões considerando o empréstimo de €855 milhões concedido à Sinopec como caixa e equivalentes, traduzido num rácio de dívida líquida para Ebitda de 1,3x. Não considerando esse empréstimo, a dívida líquida seria de €2.438 milhões, em linha com a registada no final de Junho de 2014.