O Ministério do Meio Ambiente do Brasil celebrou, na terça-feira, um acordo internacional em que se compromete a transformar mais de três milhões de hectares da Amazónia em unidades de conservação num prazo de cinco anos. O acordo, que inclui o Banco Mundial e a organização Conservação Internacional, entre outras instituições, contempla um investimento de mais de 60 milhões de dólares, procedentes do Fundo Mundial para o Ambiente (GEF), indicou o ministério brasileiro em comunicado, citado pela agência Lusa.
Denominado de “Paisagens Sustentáveis da Amazónia”, o projeto prevê também a introdução de melhorias na gestão das unidades de conservação existentes e um aumento das áreas de restauração e administração sustentável da Amazónia brasileira.
A parceria vai também apoiar o Programa de Áreas Protegidas da Amazónia (Arpa), criado em 2002, que envolve o Governo brasileiro, órgãos estatais e instituições privadas e da sociedade civil, que ao longo de 15 anos transformou mais de 60 milhões de hectares em unidades de conservação na região, indicou o Ministério do Meio Ambiente citado pela Agência Brasil.
A iniciativa consagra ainda cooperação com outros países para que sejam criadas mais reservas protegidas na maior floresta tropical do mundo. “É o primeiro projeto na região amazónica que tem ligações muito próximas com a Colômbia, o Peru, países que querem beneficiar das experiências do Brasil e aprender para repetir”, sublinhou o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, citado no mesmo comunicado.
“Temos que agir, de todas as maneiras possíveis, para dar à vertente da sustentabilidade um fortalecimento adequado”, afirmou, por seu turno, o ministro do Meio Ambiente do Brasil, José Sarney Filho. “É preciso que a gente valorize o bem ambiental. Esses recursos vão ao encontro dessa ideia”, frisou.