A Bling Energy, startup portuguesa dedicada à transição energética do setor residencial, nasceu em 2023 e já instalou mais de 350 kilowatt pico (kWp) de painéis solares residenciais. Com apenas alguns meses de atividade, a empresa possibilitou aos seus clientes uma economia anual de 100 mil euros nas suas faturas de eletricidade e contribuiu para evitar a emissão de cinco mil toneladas de CO2.
Depois de captar a primeira centena de clientes, a empresa tem agora a meta de alcançar os 3 MW de instalações fotovoltaicas até 2025.
Para fazer frente à volatilidade do setor energético, Bernardo Fernandez, fundador da Bling Energy, afirma que “as tarifas de eletricidade voltaram a subir em 2024 e isso impacta a carteira dos portugueses. Em particular, a componente de acesso às redes disparou mais de 300% mas continua aquém dos custos reais do sistema elétrico, o que implica que vamos ver esta tarifa a aumentar outra vez em 2025. Através da instalação de painéis fotovoltaicos em casa, os consumidores têm a oportunidade de gerar a sua própria eletricidade, o que não só reduz a dependência da rede convencional, como também permite usufruir de eletricidade a um preço significativamente mais económico”.
Segundo a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), 2023 foi um ano recorde para Portugal no que toca à instalação de painéis solares, aumentando em 46% a capacidade fotovoltaica do país – mais 1,23 gigawatts em relação ao ano anterior. “Estes dados permitem prever que Portugal está, sem dúvida, a entrar na rota da energia limpa e sustentável pois falamos, só em 2023, de uma potência fotovoltaica de 3,89 gigawatts adicionados ao sistema elétrico nacional. Neste enquadramento, a Bling Energy quer acelerar este novo paradigma pois somos os aliados das casas dos portugueses, ao oferecer um modelo de subscrição que dispensa um investimento inicial. Por isso, projetamos que vamos chegar aos 3 megawatts até 2025”.
Após o fecho de uma ronda de investimento pre-seed no valor de 1 milhão de euros no verão de 2023, a startup quadruplicou a sua faturação e prevê acelerar o seu crescimento ao longo de 2024 e continuar a disseminar a energia renovável em mais casas portuguesas. Todavia, as ambições da Bling estendem-se para além das fronteiras, com planos de internacionalização a médio prazo.