A BioSmart vai prestar serviços à Águas do Tejo Atlântico, no âmbito do contrato para «Aquisição de Serviços para Remoção de Lamas Fornecimento e Reposição de Areias nos Leitos De Secagem da Tejo Atlântico».
Os trabalhos vão decorrer em 27 ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuais), abrangendo 12 concelhos: Alcobaça, Lourinhã, Peniche, Óbidos, Cadaval, Bombarral, Azambuja, Rio Maior, Alenquer, Sobral de Monte Agraço, Mafra e Vila Franca de Xira.
As tarefas incluem a remoção de lama dos leitos de secagem, o fornecimento de areia para os leitos de secagem e a reposição superficial da areia dos leitos de secagem, com recurso a retroescavadora, giratória, com manobrador, ou manualmente.
O contrato tem um prazo estimado de 24 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses. Conta com três fases de execução: primeira, remoção de lamas; segunda, limpeza dos leitos de secagem; e terceira, reposição da areia nos leitos de secagem. Não está englobado o transporte das lamas desidratadas a destino final, sendo este da responsabilidade da Águas do Tejo Atlântico. Ao todo, este contrato prevê a limpeza de 120 leitos de secagem nas 27 ETAR identificadas, com reposição de mais de 700 m3 de areia por ano em 17 das 27 ETAR.
Os leitos de secagem são sistemas que utilizam fatores naturais para a desidratação de lamas. Os leitos convencionais são tanques retangulares pouco profundos (com cerca de um metro de altura útil). O interior destes tanques é preenchido com um meio de enchimento poroso (meio filtrante), constituído por areia e brita, com diferentes granulometrias, servindo de suporte à lama.
A água, que se vai filtrando por ação dos fatores naturais, é encaminhada para a entrada de efluentes da ETAR. As ETAR com este órgão de tratamento dispõem, habitualmente, de vários leitos de secagem, nos quais, de forma descontínua e alternada, são colocadas as lamas até que se atinja o nível de desidratação pretendido.