O primeiro composto produzido a partir dos Espaços de Compostagem Comunitária instalados, em agosto, na zona do Amial e de Paranhos já foi entregue aos participantes, numa ação que contou, esta quinta-feira, com a presença do vice-presidente da Câmara do Porto, que tutela o Ambiente e Transição Climática, Filipe Araújo. Fechado o ciclo, os biorresíduos depositados pela população foram transformados em 296 quilos de composto 100% natural, refere um nota, divulgada pela Porto Ambiente.
Na Praça do Cávado, em Paranhos, foram instalados cinco módulos de compostagem. “Com a sensibilização de 36 famílias para que ali depositassem biorresíduos como pão, sacos de chá e borras de café, carne ou peixe (cru ou cozinhado), manteigas e queijos, sobras de alimentos cozinhados, cascas e ovos (crus ou cozinhados), legumes, frutas com ou sem casca, foi possível produzir 144 quilos de composto só a partir do material colocado no primeiro módulo de compostagem”, precisa a mesma nota.
Já o material depositado nos dez módulos instalados junto ao Parque Infantil do Amial, que serviram 88 famílias participantes, deram lugar a “152 quilos da substância orgânica, semelhante ao solo, rica em nutrientes e que possibilitará o crescimento de plantas e jardins”, adianta a empresa do Ambiente do Porto.
Semanalmente, técnicos especializados fizeram a monitorização dos resíduos depositados nas duas ilhas de módulos, com controlo e registo de parâmetros técnicos como a temperatura ou a humidade.
Este projeto resulta da colaboração entre a empresa municipal Porto Ambiente e a LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, com o apoio da Transfomers e da Associação de Moradores do Bairro do Amial.
A implementação destes dois locais de compostagem comunitária advém do trabalho desenvolvido no âmbito do projeto CityLoops, financiado pelo Programa-Quadro de Investigação e Inovação Horizonte 2020 (H2020).
A Porto Ambiente recorda que a estratégia que está a ser implementada na cidade para a gestão dos biorresíduos assenta em três pilares fundamentais: “redução e reutilização, tratamento local e tratamento centralizado”. A compostagem comunitária surge como uma “solução de tratamento local de biorresíduos”, permitindo “reduzir os custos e diminuindo também os impactos ambientais associados”, refere a empresa.