Com uma área de atuação diversificada, a BHB opera nas áreas de sistemas de monitorização de emissões, análise de líquidos, monitorização da qualidade do ar ou fornecimento de soluções de energia interrupta. Trata-se de uma empresa que trabalha sempre em torno do ambiente, seja através da análise e medição dos efluentes gasosos e líquidos, seja pela monitorização de gases e partículas no ar ambiente, bem como pela medição do ruído nos aeroportos internacionais.
No fundo, explica Duarte Ferreira da Costa, diretor executivo da BHB, “é uma empresa especialista em soluções à medida, que oferece a possibilidade de o cliente ter soluções de engenharia totalmente adaptadas ao seu processo industrial ou de monitorização ambiental”.
Atualmente, a BHB tem em curso grandes projetos internacionais no mercado europeu – Alemanha, França ou Bulgária – assim como alguns projetos para o Norte de África e América Latina.
Mas, sublinha o responsável, está sobretudo “a corresponder ao seu mote «Made in Portugal for the World», desenvolvendo e fabricando em Portugal para todo o mundo”.
O objetivo é, ano após ano, manter um crescimento sustentado e o compromisso com a satisfação dos seus clientes.
Sendo uma PME de cariz familiar, que atua em mercados complexos e de muita responsabilidade, Duarte Ferreira da Costa recorda que “a eventualidade de erro tem de ser muito bem gerida”.
E, explica ainda que foram décadas de projetos bem-sucedidos e, que “de forma alguma queremos pôr em perigo todo esse trabalho com um enorme desejo de crescimento”.
Para 2025, não faltarão novos projetos de investimentos avultados, desde grandes fornecimentos internacionais, como é o caso do fornecimento do sistema CEMS (Continuous Emissions Monitoring Systems) para o Incinerador de Hamburgo ou do fornecimento de estações de monitorização de qualidade do ar para diversos aeroportos, como é o exemplo do de Munique.
Além disso, tendo-se juntado, em 2024, à QART, numa joint-venture com o nome de AirSense, outra prioridade passa pelo desenvolvimento desta joint-venture no próximo ano, “com o foco em soluções complementares e inovadoras que fogem um pouco às soluções tradicionalmente oferecidas pela BHB”, esclarece.
Uma coisa é certa, em 2025 não faltará inovação, até porque a BHB é membro da COTEC desde os seus primórdios, tendo sigo distinguida como PME Inovadora desde a criação dessa certificação. E, nos últimos anos, foi premiada pela ANI em diversos projetos de Investigação e Desenvolvimento no âmbito SIFIDE. “Desenvolvemos a grande maioria das soluções inovadoras internamente, ou com o apoio das empresas que representamos, mas também por intermédio de joint-ventures, como é o exemplo da AirSense”, aponta Duarte Ferreira da Costa.
Os desafios de 2025
Se podemos esperar mais inovação em 2025, também é um facto que não faltarão novos desafios. Até porque, recorda o diretor executivo da BHB, a Europa enfrenta uma crise enorme de crescimento e de desenvolvimento de novas tecnologias.
Entre outros desafios, o responsável destaca ainda as metas ambiciosas para atingir a neutralidade climática, que “foram terríveis para a competitividade do bloco económico, aniquilando as possibilidades de lutarmos contra os outros blocos económicos”.
Por fim, relembra que, se juntarmos a este “pacote”, uma crise demográfica, e um conflito armado, “temos aquilo a que se chama de «tempestade perfeita»”. O que irá a BHB fazer para ajudar a ultrapassar estes desafios?
Vai “continuar a trilhar o seu caminho nos mercados fora da EU, procurando melhorar a balança comercial, mas que, confessemos, de forma quase irrisória”, resume Duarte Ferreira da Costa.
*Este texto foi publicado na edição 108 da Ambiente Magazine