O desperdício de energia elétrica e o aumento da eficiência podem conduzir a poupanças significativas na fatura da eletricidade. Este é um dado há muito adquirido, mas que muitas famílias tendem a ignorar, revela o Público.
Para além da redução da fatura de energia, surgem associados outros benefícios, como a redução das emissões de gases com efeitos de estufa, bem como a diminuição da dependência dos combustíveis fósseis, revela o Público.
Mas, para lá dos hábitos de poupança e dos pequenos gestos que gradualmente vão sendo introduzidos, os quais geram reduções significativas de custos, existem outras formas de poupar energia: desde logo, a eficiência energética dos equipamentos, mas também a intervenção na instalação elétrica das habitações.
Segundo dados da ADENE, nas instalações elétricas das casas portuguesas construídas antes de 2007 (o que constitui o grosso do parque habitacional português) são desperdiçados anualmente cerca de 136 GWh de energia, o que equivale a mais de 15 milhões de euros anuais.
Estima-se que num alojamento tipo T3, com cinco divisões principais e uma área total média de 94 m2, as perdas de energia elétrica possam chegar aos 93,46 GWh/ ano para uma habitação construída até 1974, o que equivale a um custo anual de 10.596.790 euros, correspondente à poupança em importação de energia (valores de 2009). Se a habitação for construída entre 1975 e 2006, o desperdício pode ser da ordem de 42,98 GWh/ ano, o que equivale a 4.873.210 euros.
De salientar que em Portugal existem 2.114.807 habitações ocupadas construídas até 1974 e, depois desse ano e até 2006, 1.856. 053 habitações ocupadas. Este desperdício anual acumulado equivale ao consumo anual médio de energia elétrica em 41.000 habitações; à emissão de dióxido de carbono de 26.860 automóveis (estimativas aplicadas a um Renault Megane 1.5 dCi que percorra 15.000 Km por ano); à emissão de 47.350 toneladas de CO2; à produção anual de 20.000 instalações de microprodução e ao gasto anual de 15.470.000 euros em energia elétrica.