BEI financia três parques eólicos da EDP Renováveis em Portugal
O Banco Europeu de Investimento (BEI) anunciou que “alocou 45 milhões de euros à Eólica da Linha, integralmente detida pela EDP Renováveis (EDPR), para três parques eólicos em Portugal”. Com capacidade total de “96 MW, estes três projetos contam ainda com o co-financiamento do Banco Português de Investimento (BPI)”, refere a EDP Renováveis em comunicado. O anúncio foi feito durante a COP 25, a 25.ª Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, em Madrid.
Os três parques eólicos, que envolvem projetos envolvem 240 postos de trabalho durante a fase de execução, estão localizados no Norte e Oeste do país: na Batalha/Leiria (Parque Eólico Maunça – 20,5 MW), Tarouca (Parque Eólico Vigia – 28,8 MW) e Penacova (Parque Eólico Penacova – 46,8 MW). O projeto envolve 31 turbinas de dois tamanhos de unidade diferentes (2 MW e 3,6 MW) e cada parque eólico está ligado à rede de média tensão (MT).
O financiamento do BEI concedido à EDPR irá ajudar Portugal a cumprir com o Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis do governo, que prevê que 55% do consumo bruto de eletricidade do país seja gerado a partir de fontes renováveis até 2030. Para além disso, este projeto contribui para as metas da Comissão Europeia de ter, pelo menos, 32% do consumo final de energia proveniente de fontes renováveis até 2030.
Este é o primeiro projeto de energia assinado em Portugal desde a aprovação da nova Política de Empréstimos para a Energia do Banco Europeu e dos novos objetivos climáticos em novembro de 2019. Para a vice-presidente do BEI, Emma Navarro, responsável pelas ações climáticas e pelas operações do Banco em Portugal, “o financiamento deste projeto contribui para as prioridades de financiamento do BEI em matéria de energias renováveis e ação climática. O projeto irá gerar eletricidade a partir de fontes renováveis de energia e suporta tanto as metas da UE como as metas nacionais em termos de energias renováveis”. Além disso, reforça, “Portugal tem um grande potencial de energias renováveis e o BEI quer ajudar o país a tornar-se uma referência no sector, através de um financiamento que promova a transição para uma economia de baixo carbono, promovendo simultaneamente o crescimento do emprego. Impulsionar geração de energia limpa é uma das nossas principais prioridades. No âmbito da sua estratégia para se posicionar como o banco climático da UE, o BEI tem reafirmado o seu compromisso de aumentar o financiamento para apoiar a ambição da Europa em tornar-se o primeiro continente com neutralidade de carbono até 2050”.
Uma ideia reforçada pelo presidente executivo da EDP Renováveis, João Manso Neto: “Esta linha de crédito irá ajudar-nos a reforçar o nosso compromisso em Portugal, o nosso mercado doméstico, e um país que está a fazer um grande esforço na sua transição para um mix energético mais amigo do ambiente”, comentou. “Além disso, estamos especialmente motivados pelo endosso de uma instituição com o calibre do BEI, uma vez que apoia não só a nossa linha de negócios, como também toda a nossa contribuição para o progresso e desenvolvimento”.