O BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, lança o “Guia Empresarial de Riscos e Oportunidades Climáticas – uma abordagem introdutória”. Desenvolvido no âmbito da task-force “Riscos Climáticos”, composta por 27 empresas dos Grupos de Trabalho “Clima e Energia” e “Reporte e Finanças Sustentáveis” do BCSD Portugal, este guia inclui, além de exemplos práticos, recomendações e ações específicas sobre o processo de gestão de riscos e oportunidades climáticas – com principal foco nas etapas de governance, identificação e avaliação – e uma sistematização de fontes de dados e ferramentas que podem apoiar as empresas neste processo.
“As alterações climáticas são um dos maiores desafios alguma vez enfrentados pelo ser humano, com impacto na vida das populações, nas atividades desenvolvidas pelas empresas e nos modelos de desenvolvimento regionais. Os riscos climáticos podem comprometer a atividade das empresas, com impactos financeiros graves e em toda a cadeia de valor e, por consequência, na economia. O Guia desenvolvido pelo BCSD Portugal tem como missão apoiar as empresas na gestão deste processo de avaliação de risco, para que possam responder, de forma ágil e esclarecida, aos desafios atuais e futuros que as alterações climáticas representam para a sua atividade”, sublinha Filipa Pantaleão, Secretária-Geral do BCSD Portugal.
A avaliação de riscos e oportunidades constante no Guia tem por base o trabalho desenvolvido pela Task Force on Climate Related Financial Disclosures (TCFD), referencial global desenvolvido por peritos do setor financeiro de grandes bancos, companhias de seguros, gestores de ativos, fundos de pensões, grandes empresas não financeiras, empresas de contabilidade e consultoria e agências de crédito, que, nos últimos anos, se dedicou à análise das implicações decorrentes das alterações climáticas, avaliando os potenciais impactos negativos para as organizações (riscos), mas também os positivos (oportunidades). Os primeiros dividem-se entre riscos físicos, que decorrem de eventos climáticos e relacionados com o clima, e riscos de transição, resultantes da transição para uma economia de baixo carbono. Já as oportunidades dividem-se entre a melhoria da eficiência de recursos, a transição para fontes de energia de baixas emissões, a inovação e desenvolvimento de novos produtos e serviços com reduzidas emissões de GEE ou de adaptação às alterações climáticas, a procura em novos mercados, ativos e diversificação das atividades, e o aumento da resiliência para responder às alterações climáticas, melhor minimizar os riscos associados e capitalizar as oportunidades, presentes e futuros.
O guia está disponível aqui.