O BCSD Portugal junta-se à campanha de comunicação promovida pela ANP|WWF que alerta para a urgência de proteger e recuperar o oceano.
Co-financiada pela Fundação Oceano Azul no âmbito de capacitação para ONG e co-assinada pela Assistência Médica Internacional (AMI) e pela Sustainable Ocean Alliance (SOA), a campanha é criada pela FCB Lisboa e pretende definir-se como um instrumento de pressão pública e política no âmbito da Conferência dos Oceanos 2022 das Nações Unidas. O conceito resgata memórias marcantes da Expo ’98, a última grande ação pública e governamental que conseguiu colocar a proteção do Oceano no centro da atenção mediática em Portugal.
O objetivo-chave desta campanha é “recuperar os laços emocionais e conexões com o Oceano”, com um conceito gráfico que leva o público a identificar claramente cenários projetados para duas realidades muito distintas: “o cenário onde há ação para a proteção e recuperação do Oceano; e o cenário de inação que leva à degradação e perda da biodiversidade”, lê-se numa nota, divulgada pelo BCSD Portugal.
Através de formatos impressos e digitais, o público poderá aceder à página e interagir com as várias áreas de intervenção: da liderança e políticas públicas, às atividades económicas, valores culturais e legados geracionais.
“Quando +50% do PIB mundial tem origem em recursos naturais e mais de 70% da superfície terrestre é coberta por oceanos, percebemos a magnitude da nossa dependência da biodiversidade marinha e costeira e, ainda, dos serviços de ecossistemas por eles prestados, como o ar que respiramos, a absorção do CO2 que produzimos ou a fonte de alimentos que consumimos. É preciso agir aqui e agora em prol da redução da poluição marinha, da acidificação dos oceanos e da pesca excessiva, mobilizando os setores privado e público, fontes de financiamento, políticas públicas e a sociedade em geral”, declara João Wengorovius Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal, citado na mesma nota.
Por seu turno, Ângela Morgado, diretora executiva da ANP|WWF, refere que “o Oceano produz mais de 50% do oxigénio que respiramos. Para construir um futuro positivo para a natureza, é urgente proteger, restaurar e usufruir do Oceano de uma forma responsável e sustentável. Esta missão urgente exige que os governos, as empresas e a sociedade no seu conjunto passem das palavras aos atos, e é esse o apelo que fazemos com esta campanha e que vamos reforçar enquanto organização creditada na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas”.
A campanha terá uma presença reforçada no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, com uma instalação que traz para o domínio da interação offline a ideia da landing page. Através de uma estrutura composta por vários painéis acrílicos, os visitantes poderão interagir com a ideia de ação/inação, “libertando” o Oceano dos elementos nocivos.
Esta iniciativa é uma das iniciativas à qual o BCSD Portugal se junta no âmbito da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas a acontecer em Lisboa durante a próxima semana.