Decorre hoje, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a cerimónia de assinatura do Acordo de Paris. O acordo é vinculativo, com consequências na política interna dos vários países, onde se inclui Portugal.
“Ao assinar o Acordo de Paris, Portugal concorda e compromete-se com uma visão de mundo onde, dentro de 80 anos, viveremos numa sociedade em que as emissões de CO2 produzidas serão sequestradas pelos solos e árvores, constituindo a floresta, as plantações florestais e os produtos daí derivados, uma solução significativa para o problema”, defende Sofia Santos, secretária geral do BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável
O BCSD felicita assim a assinatura do Acordo de Paris e garante, em comunicado, que irá continuar a desempenhar o seu papel de criação e partilha de conhecimento na área do desenvolvimento sustentável, uma vez que considera ser esse o melhor modelo económico para uma sociedade mais justa e equitativa.
“Na relação economia de baixo carbono e crescimento da economia nacional, Portugal tem um potencial imenso. Dentro da Europa, o nosso país é dos que tem maior capital natural que pode ser mensurável através da floresta e floresta plantada, do sol, do mar, do vento, e dos vários serviços que os ecossistemas fornecem às empresas e à sociedade. Teremos todos – empresas, cidadãos e governo – que apostar num crescimento assente na eficiência energética e no desenvolvimento de soluções que proporcionam uma vida com qualidade, e com menor impacte ambiental”, afirma Sofia Santos.
Em Portugal, o BCSD reuniu 32 soluções no projeto Economia de Baixo Carbono – Soluções made in Portugal, que estão a contribuir para reduzir as emissões de CO2 e, consequentemente, combater as alterações climáticas. A nível mundial, outras soluções foram divulgadas pelo World Business Council for Sustainable Development – WBCSD através do projeto LCTPi – Low Carbon Technology Partnership Initiative e apresentadas na COP21, em Paris.