A Câmara Municipal do Barreiro vai avançar com a requalificação da Caldeira Grande, onde vai nascer uma das maiores praias de rio da Área Metropolitana de Lisboa, anuncia. O projeto foi escolhido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para beneficiar do apoio de fundos comunitários, num investimento que ronda os “dois milhões de euros”, refere o município num comunicado divulgado à imprensa.
Ao abrigo do protocolo de colaboração para a concretização de ações de reabilitação da rede hidrográfica, assinado na manhã desta sexta-feira, em Coimbra, o projeto vai permitir “recuperar uma estrutura abandonada de 77.520 metros quadrados, dando-lhe uma nova vida, transformando-a num espaço de lazer para os barreirenses e vocacionado para o turismo”, explica o município.
As valias do projeto está também no “combate às alterações climáticas”, já que a existência de estruturas desta natureza, próximas do centro da cidade, contribui para “atenuar as ondas de calor”. Os reservatórios de água podem ser utilizados como um “climatizador natural” e até mesmo para o “combate a incêndios”, precisa a nota.
De acordo com a Câmara Municipal do Barreiro, este projeto vem renovar o ecossistema e prevê a limpeza da caldeira, a consolidação e qualificação das margens, a colocação de uma plataforma de areia capaz de assegurar atividade lúdica ou desportiva, junto a um espelho de água que pode ser controlado independentemente da maré.
A iniciativa, que se enquadra na aposta do Município na sustentabilidade ambiental e na luta contra as alterações climáticas, vê agora reconhecido o seu mérito: “A cidade já requalificou a zona ribeirinha, tem criado alternativas à mobilidade no espaço urbano e levado a cabo um conjunto de ações com vista à diminuição de gases poluentes”, refere o comunicado.
Para o presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Frederico Rosa, “este é um projeto muito importante para o Barreiro, que tem vindo a revitalizar toda a zona ribeirinha. A nossa visão é de uma cidade cada vez mais verde, com mais qualidade de vida, preocupada com o ambiente e com a sustentabilidade. É esse o caminho que começámos e vamos continuar a seguir com a recuperação deste espaço, que estava ao abandono e que agora vamos devolver aos barreirenses para que possam usufruir do rio”.
Os fundos que vão permitir a reabilitação da Caldeira são provenientes do REACT-EU, que alarga a resposta à crise provocada pela Covid-19 e pretende contribuir para uma recuperação ecológica, digital e resiliente da economia.