Todas as bacias hidrográficas do país voltaram a apresentar, em agosto, uma redução do volume de água em comparação com o mês anterior, sendo que 33 das 60 barragens monitorizadas estão abaixo dos 60% de capacidade, avança o Correio da Manhã. Destas, 18 não chegam sequer a encher metade das albufeiras. Os dados do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos dão, ainda conta, de que metade das bacias – Lima, Douro, Mondego, Tejo, Sado e Guadiana – estão novamente abaixo da média registada desde 1990.
No espaço de um mês, a bacia hidrográfica do Mondego foi a que perdeu o maior volume de água. Passou dos 71,7% de capacidade no mês de julho para os 63,4% em agosto. A perda ultrapassava os 8%. Segue-se a do Barlavento, com uma queda de 6,4%, e a do Oeste, cuja diminuição do volume de água se aproxima dos 6%. A perda menos significativa ocorreu no Douro – não chegou a 1%.
Já no que diz respeito à comparação do mês de agosto com os valores médios, é a bacia hidrográfica do rio Lima que arrecada o primeiro lugar nas descidas: a diferença ultrapassa os 15%. No entanto, e apesar da perda mensal registada por todas, seis das doze bacias hidrográficas monitorizadas mantiveram um volume de água superior aos valores médios. Destaca-se a bacia hidrográfica do rio Arade, que ultrapassa em 24,1% a média estabelecida (33,6%).
A barragem do Arade, no concelho de Silves, registou 0 valor mais baixo durante o mês passado (17,6%), seguida pela albufeira de Magos, no concelho de Salvaterra de Magos, com apenas 27,9% da sua capacidade total preenchida. Um cenário preocupante tendo em conta que no final de julho, segundo os dados mais recentes do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, 80% do país estava sob seca severa ou extrema.
Só quatro barragens tinham disponibilidades hidrícas superiores a 80%. O valor mais alto é atribuído à barragem do Enxoé, em Serpa (96,8%).