O primeiro grupo gerador do Aproveitamento Hidroelétrico de Laúca, na província angolana de Malanje, começa a produzir 334 MegaWatts (MW) de eletricidade a partir de 21 de julho, iniciando-se na quarta-feira testes nas linhas de transporte, noticia a agência Lusa.
De acordo com informação transmitida pelo diretor do projeto, a maior obra pública em construção em Angola, a 31 de maio arrancam os testes na linha de transporte entre Laúca e a barragem de Capanda, ambas no rio Kwanza, e respetivas subestações.
Para 21 de julho, mais de quatro meses depois do início do enchimento da albufeira de Laúca, de acordo com Elias Estêvão, está previsto o início da produção e injeção na rede do primeiro grupo gerador, num total de 334 MW.
Desde 11 de março que o enchimento em Laúca está a condicionar a operação nas restantes barragens já instaladas no rio Kwanza, devido ao reduzido caudal, limitando o fornecimento de eletricidade da rede pública a Luanda, por norma, a poucas horas por dia.
Em quatro meses está previsto que a barragem de Laúca atinja a quota 830, equivalente a uma albufeira com um volume de água de mais de 2.500 milhões de metros cúbicos, sendo por isso a maior em Angola.
O enchimento da barragem de Laúca só terminará em 2018, com a elevação até à quota 850, completando o reservatório na sua totalidade e permitindo a entrada em funcionamento das seis turbinas que estão instaladas e uma produção de cerca de 2.070 MW de eletricidade, mais do dobro da capacidade das duas barragens – Cambambe (960 MW) e Capanda (520 MW) – já em funcionamento no rio Kwanza.
Localizada entre as províncias do Cuanza Norte e Malanje, aquela barragem foi encomendada pelo Estado angolano por 4,3 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros), envolvendo financiamento da linha de crédito do Brasil, movimentando cerca de 9.000 trabalhadores.