Foi autorizado o abate de 608 sobreiros em cerca de 4,6 hectares localizados na área onde irá ser construída a barragem de Gouvães, que integra o Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET) e abrange os concelhos de Cabeceiras de Basto, Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena, noticia hoje o Jornal de Notícias.
O movimento Rios Livres, que integra a comissão de acompanhamento ambiental do SET, está contra este abate, que considera ser “mais um passo para uma destruição maior”.
“Há valores que não podem ser substituídos. O desenvolvimento sustentável de regiões como o Vale do Tâmega deve basear-se na manutenção dos valores naturais e culturais. A construção destas barragens é a antítese disso”, defendeu a coordenadora do movimento, Ana Brazão.
O Governo declarou a utilidade pública do empreendimento da Iberdrola e autorizou-a a abater “289 sobreiros adultos e 319 sobreiros jovens”. A empresa espanhola fica obrigada a implementar medidas compensatórias como a reflorestação de outras áreas, mas Ana Brazão considera que “aquilo que se perde não tem substituição”.
Para além da barragem de Gouvães, o SET inclui ainda as barragens de Daivões e Alto Tâmega.