Bandora oferece “solução inovadora e distinta para a gestão energética” de edifícios
A Bandora é uma startup nacional que oferece uma “solução inovadora e distinta para a gestão energética tanto de edifícios já existentes como de novos, através da utilização de tecnologia de ponta, foco no cliente e um modelo de negócio flexível”, começa por explicar Márcia Pereira, CEO.
A empresa foi fundada em 2017, quando Márcia trabalhava numa outra startup dedicada ao desenvolvimento de hardware para melhorar a eficiência energética de sistemas de iluminação. “Percebi que o verdadeiro desafio estava no software, e não no hardware, e que os sistemas de climatização eram os maiores consumidores de energia, responsáveis por cerca de 50% a 60% do consumo total”.
Assim, em fevereiro de 2020, a Bandora obteve o seu primeiro financiamento, ao mesmo tempo que conseguiu atrair a atenção da Universidade do Porto, o que levou à transformação da empresa numa spinoff da Faculdade de Engenharia (FEUP): “essa sinergia permitiu-nos aprimorar as nossas soluções e ganhar reconhecimento no mercado”, diz a CEO.
Nos dias de hoje, a Bandora assegura o conforto dos ocupantes dos edifícios através de um controlo preciso da temperatura e da humidade no interior. Esta é uma abordagem que “integra uma combinação singular de tecnologias de Inteligência Artificial, com especial ênfase no Machine Learning e Otimização, aliadas à simulação tridimensional de edifícios e um elevado nível de especialização em Conforto Térmico e Performance Energética”.
“Não só melhoramos a eficiência energética dos edifícios, como também contribuímos para a sustentabilidade ambiental”
Sendo esta uma solução essencialmente pensada para o mercado B2B, com foco nos setores do retalho, hotelaria e restauração, a mesma permite flexibilidade na escolha do modelo de negócio, permitindo ao cliente optar por uma assinatura mensal fixa ou pelo “Savings as a Service”, no qual são partilhadas as economias de energia com o cliente.
Com preços que se dizem competitivos e com uma entrega rápida do sistema, a atuação nos setores acima especificados prende-se com o seu maior consumo energético e com o desconforto térmico que tende a ser mais frequente.
“O feedback do mercado nacional tem sido extremamente positivo e recetivo à adoção de novas soluções de eficiência e sustentabilidade nos edifícios comerciais. A pandemia acelerou esta tendência, especialmente com o aumento do teletrabalho e a procura por otimização de espaços. Além disso, o recente aumento nos preços da energia devido à situação na Ucrânia tem colocado a eficiência energética no topo das prioridades dos gestores. Nesse sentido, a nossa empresa está a investir significativamente em inovação para atender a essa procura crescente”, afirma Márcia Pereira. “Além disso, o facto de termos uma taxa de retenção de clientes de 100%, valida a eficácia do nosso software para os nossos atuais clientes. Especificamente, o feedback que recebemos dos nossos clientes destaca principalmente a redução nas faturas de energia, o fornecimento de conforto máximo aos ocupantes, a redução da carga sobre as equipas de manutenção e a prevenção de configurações aleatórias e imprevisíveis nos equipamentos de AVAC”, explica ainda a responsável.
O portfólio da empresa conta já como clientes grandes players da hotelaria, cadeias de fast-food e empresas de escritórios, entre elas os Verticais, um grupo de espaços de coworking e co-living no Porto, e o Factory no Hub Criativo do Beato, em Lisboa.
Para 2024, a empresa planeia multiplicar a sua faturação em 10 vezes e alcançar a otimização de 300 edifícios. “A nível internacional, temos planos de expansão tanto por conta própria como através de parcerias estratégicas. O mercado espanhol é uma prioridade, onde pretendemos fechar os primeiros contratos e aumentar a nossa presença”, revela a CEO. “Além disso, estabelecemos um acordo de distribuição no Brasil e estamos a conduzir duas provas de conceito nos Emirados Árabes Unidos, com planos de expansão para a Europa e América Latina em 2025 e 2026”.
Até 2026, a Bandora espera também otimizar 1.500 edifícios, o que resultará numa poupança mínima de 200 GWh de energia.