Vários bairros de Maputo estão sem água potável desde o fim de semana e outros recebem o fornecimento por algumas horas, devido às limitações no funcionamento dos equipamentos da capital moçambicana, provocadas pelas restrições no fornecimento de energia elétrica, disse hoje à agência Lusa José Ferrete, o porta-voz da Águas da Região de Maputo (AdeM).
A crise no fornecimento de água está a afetar mais de 150 mil consumidores dos cerca de 220 mil utentes da rede pública de água de Maputo e periferia, acrescentou.
O porta-voz da AdeM adiantou, ainda, que a capacidade de abastecimento de água em Maputo baixou de 180 mil metros cúbicos para 90 mil metros cúbicos por dia.
O final desta situação não se avizinha próximo, uma vez que “é complicado prever quando é que será resolvida, porque depende da reparação da subestação da eletricidade de Moçambique”, referiu José Ferrete.
A capital moçambicana enfrenta sérias restrições no fornecimento de energia, desde a semana passada, devido à avaria de um transformador na subestação da Matola, arredores da capital moçambicana.
“Estamos a registar cortes frequentes por causa de uma avaria do nosso transformador. Num horizonte de cerca de 90 megawatts, fomos obrigados a restringir pelo menos 40 megawatts, e isto deixa às escuras muitas zonas da baixa”, disse hoje à agência Lusa o porta-voz da EdM, Luís Amade.
A elétrica moçambicana estima que serão precisas pelo menos oito semanas para reparar a avaria.
Segundo a empresa, técnicos da Efacec, fabricante do transformador avariado, deslocaram-se à subestação da Matola, e todas as cargas foram transferidas para a subestação de Infulene, “que embora tenha capacidade para alimentar a zona sul tem constrangimentos de escoamento de potência, sobretudo para a baixa da cidade de Maputo provocando, desta maneira, restrições”.
A EdM apelou, ainda, aos consumidores para uma utilização racional da energia ” de modo a que mais bairros possam beneficiar de eletricidade.