B+ Summit: “Um espaço de debate” para acelerar a transição energética do transporte pesado

Entre os dias 26 e 28 de abril vai decorrer a primeira conferência europeia B+ Summit. O encontro promovido conjuntamente pela Associação de Bioenergia Avançada (ABA), European Board of Biofuels (EBB) e European Waste-based and Advanced Biofuels Association (EWABA), vai realizar-se no Centro de Congressos do Estoril e contará com painéis de discussão, palestras, expositores e outras dinâmicas de networking.

À Ambiente Magazine, Ana Calhôa, secretária-geral da ABA, relembra que o setor dos transportes é aquele com maior impacto carbónico na Europa e, por isso, nunca fez tanto sentido debater o tema: “ À luz de uma transição energética urgente, em linha com as metas e diretivas europeias, sentimos que é necessário refletir, discutir e definir estratégias concertadas entre players com um papel de relevo nesta descarbonização”. Dado o “contributo carbónico positivo dos biocombustíveis e dos combustíveis verdes, e das metas europeias que colocam maior pressão nos produtores, operadores, fabricantes, entidades ou órgãos decisores, é necessário aproximar os setores e decisores políticos da indústria, do transporte e da energia, bem como os decisores políticos, nesta resposta que os biocombustíveis sustentáveis e os combustíveis verdes prestam à missão de descarbonização”, sucinta a responsável.

A agenda prevista para esta conferência vai ser repartida por três dias, sendo o primeiro focado no panorama português e os restantes dois, dedicados ao mercado europeu: “Contamos com a presença de responsáveis, entidades e poder decisor que enriquecem o debate e o conhecimento sobre as estratégias essenciais à transição energética do transporte, como António Costa Silva, Ministro da Economia e do Mar, Ana Fontoura, Secretária de Estado da Energia e do Clima, Carlos Zorrinho, Deputado Parlamentar Europeu, assim como outras entidades como APETRO, ZERO, ANTRAM, ANTROP, ARP, Prio, BP, Galp, eFuel Alliance, Neste, Scania, Argus, DGEG, ENSE, LNEG, entre muitas outras”, adianta.

Quanto aos debates, Ana Calhôa assegura que a presença de oradores nacionais e internacionais vão contribuir para diversificar os temas discutidos, as visões apresentadas e os caminhos percorridos por cada entidade e representante: “Através da partilha de diferentes aprendizagens e soluções na descarbonização, os porta-vozes e os painéis de discussão vão focar-se em temas como novos combustíveis verdes, economia circular, casos de sucesso nacionais e internacionais, o papel das entidades públicas na transição energética entre muitos outros temas focados na descarbonização dos transportes pesados”.

“Criar um espaço que preste apoio e informação (..) a diferentes entidades com impacto na descarbonização da mobilidade pesada através dos biocombustíveis”

Após os três dias de conferência, pretende-se transmitir o “contributo dos biocombustíveis e dos combustíveis verdes para acelerar, de forma acessível, imediata e eficaz, a transição energética” do transporte pesado: “Acreditamos que a mobilidade sustentável, com foco na descarbonização dos veículos pesados, é possível com mudanças em diferentes áreas e mais opções de escolha para os envolvidos neste setor”. Para a secretária-geral da ABA, Portugal já está a dar passos neste sentido: “Queremos promover um alinhamento cada vez maior com os restantes países da Europa. É fundamental investir no esclarecimento, na informação e no debate, e é esse espaço que a primeira conferência europeia B+ Summit vem criar para entidades, representantes e consumidores a nível nacional e europeu”.

Com esta primeira conferência, ambiciona-se, acima de tudo, criar um “espaço de debate sobre as oportunidades que existem, já hoje, para descarbonizar o transporte pesado e o que é possível conseguir se nos unirmos em prol de uma transição energética mais concertada”. Entre as palestras, espaços de networking e momentos mais informais, a ambição assenta em “criar um espaço que preste apoio, informação e esclarecimento fundamental a diferentes entidades com impacto na descarbonização da mobilidade pesada através dos biocombustíveis”, de modo a contribuir para um futuro energético sustentável, remata.