A ministra da Saúde de Moçambique, Nazira Abdula, exigiu, hoje, a apresentação dos resultados do inquérito ao despejo por erro de mais de vinte nados- mortos na última sexta-feira na lixeira de Malhampswene, na província de Maputo. “Esperamos receber este relatório até segunda-feira, de modo a tomarmos as medidas necessárias. Apesar de a gestão da morgue estar sob responsabilidade do município, iremos trabalhar em coordenação, de modo a evitarmos situações do género”, disse à imprensa, Nazira Abdula.
A administradora da morgue do Hospital Provincial da Matola, Carolina Macuácuá, citada pelo jornal “O País”, acusou um funcionário da morgue de ter misturado lixo hospitalar com os nados- mortos e movimentado os corpos sem autorização. “O que aconteceu é que um colega meteu as caixas dos nados mortos na viatura que transportava lixo comum. Normalmente, os funcionários saem daqui com um formulário sobre quantos corpos transportam, mas não houve cuidado por parte dos colegas de o levar”, afirmou Macuácuá.
A administradora da morgue do Hospital Provincial da Matola declarou, ainda, que o funcionário não devia ter transportado os corpos sem autorização. Por seu turno, o presidente do município da Matola, Calisto Cossa, pediu desculpas, considerando o sucedido um erro humano. “Sabemos que este foi um erro humano e, por isso, mais do que apenas apurar as responsabilidades, nós, como gestores públicos, temos a obrigação de nos retratar. Pedimos desculpas aos munícipes da Matola e a toda a sociedade moçambicana”, frisou Calisto Cossa.