O aumento do nível do mar até ao final do século poderá ser mais rápido do que o previsto, adverte a agência Oceânica norte-americana, alertando para um risco acrescido de inundações devastadoras se acontecer um cenário extremo. Tendo em conta os últimos estudos e observações, nomeadamente sobre o gelo da Antártida e a sua instabilidade, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) considera “plausível” um aumento do nível das águas “de 2 a 2,7 metros até 2100”.
Os autores do relatório da NOAA recomendam “rever em alta o cenário extremo da subida do nível médio do mar de 2,5 metros até 2100” previsto num relatório publicado em 2014, explica a Lusa.
Robert Kopp, professor na Universidade Rutgers, precisou em declarações à agência France Presse que uma subida daquela amplitude poderá acontecer com “o pior cenário em termos de emissões de gases com efeitos de estufa”. Ou seja, se nada for feito para os reduzir, o que poderá levar a um aumento das temperaturas de três a cinco graus Celsius em relação à era pré-industrial.
Os especialistas também reviram em alta a estimativa da subida mínima do nível do mar, de 0,1 a 0,3 metros até ao final do século, após terem analisado dados sobre a amplitude das marés e variações na altura em relação ao nível médio das águas do mar medidas por satélites durante 25 anos.
O relatório visa sobretudo determinar os possíveis riscos de inundação das zonas costeiras norte-americanas e ajudar as autoridades a prepararem-se.