Ativistas lançam primeiro inventário de emissões nacionais por infraestruturas
O Climáximo e a Greve Climática Estudantil, as organizações portuguesas da plataforma internacional Acordo de Glasgow, lançam o “primeiro inventário de emissões desagregadas de gases com efeito de estufa no país”, revelando as “infraestruturas responsáveis pela crise climática em solo nacional”, pode ler-se no comunicado do grupo ativista.
Este inventário, um dos primeiro passos do compromisso assumido por mais de 140 organizações de mais de 40 países por todo o mundo, será apresentado pela primeira vez no próximo dia 12 de março, na sessão de abertura do 6º Encontro Nacional por Justiça Climática, pelas 18h. A informação contida neste documento servirá para “começar um debate na sociedade e no movimento” para a “criação de um plano para que, nesta década, se leve a cabo os cortes necessários em Portugal” para travar os piores cenários da crise climática: a “agenda pela justiça climática”, refere o comunicado.
Mariana Rodrigues, porta-voz do Acordo de Glasgow, declara que “este inventário surge da necessidade de fornecer à população portuguesa, ao movimento por justiça climática e a todo o mundo, informação desagregada e clara sobre de onde vêm estas emissões”.
Já Antónia Seara, porta-voz do Encontro Nacional pela Justiça Climática, diz que, “através da agenda pela justiça climática portuguesa, será criado um plano de ação, em conjunto com várias organizações por justiça climática e social, que, tendo como base o inventário, permita cortar 74% das nossas emissões até 2030, garantindo que fiquemos abaixo dos 1.5ºC de aquecimento global até 2100”.
O encontro, organizado e apoiado por cerca de 30 organizações variadas, acontece online e é de inscrição gratuita, mas obrigatória.
O Acordo de Glasgow é uma iniciativa do movimentos pela justiça climática a nível internacional para agir perante a impotência dos governos e instituições para travar a crise climática. As organizações portuguesas que participam no Acordo lançam o primeiro inventário nacional de emissões desagregadas de gases com efeito de estufa, revelando mais de 250 infraestruturas responsáveis pelas maiores emissões, onde estão localizadas, quais as empresas por detrás da crise climática e quais os novos projetos que precisam de ser travados para manter o aumento da temperatura abaixo dos 1.5ºC até 2100.
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