O aumento da produção de petróleo e gás no Brasil, aliado à otimização da cadeia de abastecimento e a medidas de eficiência energética, permitiram que a Galp mantivesse no 2º trimestre o crescimento acelerado que a distingue no setor Oil & Gas internacional.
A produção média total (working interest) progrediu 20% para 108,1 mil barris diários quando comparado com o trimestre homólogo de 2017, devido à entrada em operação da 7ª unidade do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading) instalada no pré-sal da bacia de Santos, que se encontra atualmente a produzir à sua capacidade máxima.
A produção líquida de impostos em espécie (net entitlement) aumentou 21% para 106,7 mil barris diários. O preço médio de venda de cada barril no mercado internacional foi de $63,8, o que representa cerca de $20 a mais do que no período homólogo do ano anterior, refletindo a valorização das cotações nos mercados internacionais.
A produção deverá continuar a aumentar ao longo do próximo ano, com a entrada em operação prevista ainda para este ano de duas unidades de produção adicionais no Brasil, que acrescem ao início de produção do projeto Kaombo, em Angola, anunciado no final da semana passada.
Os resultados da área da Refinação & Distribuição foram beneficiados pela otimização do
aprovisionamento de matérias-primas, por ganhos de eficiência energética e pelo aumento das
exportações.
As vendas de gás natural progrediram 10%, com contributos positivos tanto das vendas a clientes diretos (+8%) como de operações de trading (+12%) nos mercados europeus. A atividade de comercialização de eletricidade continuou a progredir favoravelmente, tendo aumentado cerca de 13%.
Os resultados ajustados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda RCA)
aumentaram 38% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2017, totalizando €628 milhões.
O principal impulso para este crescimento foi dado pela área de Exploração & Produção, cujo Ebitda mais do que duplicou, atingindo os €411 milhões. Este aumento compensou a diminuição do Ebitda da Refinação & Distribuição (-25%), bem como da área de Gas & Power (-24%).
A aposta no upstream e a expansão internacional iniciada há quase duas décadas revelam-se como
decisões determinantes, ilustrando bem a importância do planeamento estratégico a longo prazo nesta indústria.
O resultado líquido ajustado do segundo trimestre totalizou €251 milhões, um crescimento de 63% face ao mesmo período do ano anterior. O resultado líquido de acordo com as normas contabilísticas internacionais (IFRS) foi de €330 milhões.
O investimento nos três meses totalizou €218 milhões, dos quais 81% foram alocados a atividades de E&P. O cash flow gerado pelas atividades operacionais aumentou 13% para €604 milhões, suportado pela recuperação das cotações do petróleo e do gás, pelo aumento da produção e pela performance da refinação. O free cash flow foi de €398 milhões antes do pagamento do dividendo final relativo ao exercício de 2017, saldando-se em €146 milhões após esse pagamento.
No final do semestre, a dívida líquida situava-se em €1.737 milhões, uma redução de €148 milhões face ao final de março de 2018. O rácio de dívida líquida para Ebitda RCA diminuiu assim para 0,9x.
Os números do semestre
No acumulado do primeiro semestre, o Ebitda RCA aumentou 28% para €1,1 mil milhões, uma vez
mais impulsionado pelos resultados do E&P, cujo Ebitda duplicou para €704 milhões. Os resultados líquidos ajustados aumentaram 68% para €387 milhões, totalizando €462 milhões de acordo com as normas contabilísticas internacionais.
Ainda em termos semestrais, o cash flow operacional aumentou 26% para 849 milhões e o investimento totalizou €364 milhões.