Em Assembleia Geral digital realizada esta semana, a 24 de maio, foram eleitos os novos órgãos sociais do GEOTA, associação ambientalista nacional com mais de 2500 associados e mais de 38 anos de atividade. João Dias Coelho, novo presidente da Comissão Executiva, encabeçou a lista única que foi a votos.
Vários membros já exerciam cargos no mandato cessante, como Marlene Marques, anterior presidente, que se mantém na Comissão Executiva, assumindo agora o cargo de tesoureira. E João Joanaz de Melo foi reeleito presidente da Mesa da Assembleia Geral. Em comunicado, a GEOTA anuncia que a novidade centra-se na presidência do Conselho Fiscal, agora dirigida por Carlos Sacramento.
João Dias Coelho, o novo presidente da associação, concorreu com um programa ambicioso, que pretende “projetar a longa história de sucessos e lutas do GEOTA num futuro de combate às alterações climáticas, exigente para quem defende o ambiente e a boa gestão do território”, refere a associação.
O dirigente garante que “continuaremos o trabalho de interligação entre os diversos projetos da organização, que tantos contributos têm dado ao ambiente em Portugal. Desde a gestão integrada de áreas ardidas no incêndio de 2018 em Monchique, com o Renature Monchique, passando por uma histórica reserva natural onde o GEOTA, em parceira com a associação PATO, gere o Centro Ecológico Educativo do Paul de Tornada, passando pela monitorização cidadã da nossa costa, com o Coastwatch Portugal, ou a luta do projeto Rios Livres, que já conseguiu impedir várias barragens do Programa Nacional de Barragens e que continuará a defender a qualidade ambiental dos rios e bacias hidrográficas”.
Além disso, “continuaremos a avaliar os custos-benefícios das grandes obras e investimentos nacionais, a exigir uma Avaliação Ambiental Estratégica para o Aeroporto do Montijo e a defender a reestruturação da indústria para acomodar os desígnios da Economia Circular”, acrescenta.
O responsável considera também ser fundamental acompanhar a “revisão do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU) 20-20+ com vista à definição das Metas Europeias de 2030 e 2050, por um verdadeiro plano de tratamento e valorização de resíduos urbanos e industriais, pondo fim à importação pouco controlada do Reino Unido e de Itália, entre outros países”.
João Dias Coelho promete uma organização atenta, atuante e “sem medo de enfrentar grandes interesses nem de pressionar os decisores políticos sempre que não respeitem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Acordo de Paris ou a Lei de Bases do Ambiente, cuja primeira versão e várias atualizações contaram com contributos fundamentais do GEOTA”.
Por precaução, devido à pandemia em curso, a Assembleia Geral decorreu exclusivamente online e a votação eleitoral apenas por correspondência. Foram ainda aprovados os relatórios de contas e atividades, bem como o plano para o próximo ano.