A associação ambientalista Zero defendeu esta sexta-feira, dia 2 de fevereiro, que o parlamento deve promover a reutilização de materiais duráveis e desincentivar a utilização de plásticos descartáveis na restauração.
“A solução não está em substituir o plástico por outros materiais (mesmo que sejam biodegradáveis) e manter os mesmos hábitos de produção e consumo de utilização única, mas antes, alterar o paradigma e estimular o uso de materiais duráveis e reutilizáveis”, defende a Zero em comunicado.
Além disso, a associação defende que mesmo no uso de materiais descartáveis, “só devem ser usados materiais que sejam recicláveis e sejam efetivamente reciclados ou compostáveis (em compostagem doméstica)”.
Neste sentido e de acordo com a Zero, o uso destes materiais “deve ser penalizado através do preço de forma a desincentivar ao máximo a sua utilização. Deve ser cada vez mais uma exceção e não a regra”.
No mesmo comunicado, a Zero recorre a dados do Eurobarómetro que demonstram o apoio dos cidadãos a medidas que restrinjam a utilização de plásticos.
“87% dos europeus estão preocupados com o impacto do plástico no ambiente (91% em Portugal) e três em cada quatro (74%) estão preocupados com os impactos que este material pode ter na sua saúde (77% em Portugal)”, refere a Zero.
“A ZERO espera que os nossos representantes políticos tenham presente o desafio que temos em mãos no sentido de conseguirmos viver dentro dos limites do planeta. Os cidadãos estão disponíveis para apoiar a mudança necessária. Amanhã veremos se os nossos representantes políticos estão à altura”, sintetiza a associação.