No dia em que se assinala o Dia Nacional da Água, 1 de outubro, a ASPEA junta-se à ação de sensibilização, remoção e restauro no rio Sorraia, em Benavente.
Nesta atividade os participantes poderão observar as aves usando os binóculos, as borboletas recorrendo a redes entomológicas ou ver os pelos que cobrem as folhas usando uma lupa.
O rio tem vida e o ecossistema dulciaquícola permite criar condições para o fitoplâncton, o zooplâncton, as fases larvares dos insetos, como escaravelhos de água (coleópteros), libélulas e libelinhas (Odonatas) e os peixes possam ter um berçário nos primeiros anos de vida, ou ainda, ser a casa de anatídeos, répteis, anfíbios e muitos mais seres vivos que fazem parte da nossa fauna endémica e constituem teias alimentares elaboradas.
Contudo, as espécies exóticas e invasoras chegaram à água e às margens do rio. O espelho de água e a galeria ripícola estão comprometidos. Conhecer as causas e as consequências do seu aparecimento e proliferação será alvo de exploração tendo em conta a ação antrópica, desta vez benéfica – remoção de exóticas e invasoras e recuperação da galeria com plantação de espécies autóctones, como o freixo ou salgueiro.
“Urge, não só, limpar o espelho de água, restaurar as margens do rio com espécies autóctones como também restaurar a relação do Rio com a subespécie Homo sapiens sapiens, rumo à consciencialização ambiental e mudança de comportamentos e atitudes, salvaguardando para as gerações futuras um recurso natural precioso, no nosso planeta Terra – a água”, diz Clarisse Ferreira da ASPEA.